terça-feira, 25 de setembro de 2012

OPERAÇÃO IGUAÇU



O alvo da “Operação Iguaçu – Água Grande” , que apura casos de poluição no Rio Iguaçu, aCompanhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) foi classificada pela Polícia Federal (PF) como uma “empresa de fachada”. Segundo o delegado Rubens Lopes da Silva, a companhia cobra dos usuários pelo tratamento de esgoto, mas não executa os serviços. As investigações apontam que todas as estações da Sanepar atuam de forma ilegal no estado. Por conta disso, a PF vai indiciar 30 gestores da empresa por estelionato. A PF também apontou a Sanepar como “a maior poluidora do Rio Iguaçu”, o que a empresa nega.
As investigações revelam que 20% das estações de tratamento de esgoto da companhia atuam clandestinamente: elas sequer existem juridicamente e funcionam sem licenças de operação. Segundo a PF, a companhia lança os efluentes em cursos d’água sem qualquer tratamento, em "clara agressão ambiental à coletividade, à fauna e à flora".




"A Sanepar não é responsável pela poluição do Rio Iguaçu", diz diretor presidente em exercício
O diretor presidente em exercício da Sanepar, Antônio Hallage, informou que a empresa foi surpreendida com a ação policial e que o órgão está indignado com a interpretação dada pela PF. “A Sanepar não é responsável pela poluição do Rio Iguaçu, que recebe ligações clandestinas de esgoto de terceiros e dejetos de diversas indústrias e setores agrícolas. Pelo contrário, trabalhamos pela preservação do rio”, afirmou.
Hallage deu a entender que a ação possa ter tido cunho político. “Estranhamos uma ação em meio a greve da Polícia Federal e àsvésperas das eleições municipais”, afirmou. O diretor presidente disse ainda que a empresa estuda providências jurídicas contra o relatório. “Queremos reestabelecer a verdade e eventualmente responsabilizar por calúnia os autores dessa operação”.























































































































































































Nesta quinta-feira, a PF e o Ibama cumpriram 30 mandados de busca e apreensão em 19 cidades do Paraná. De acordo com o delegado Rubens Lopes da Silva, a própria Sanepar elaborava relatórios internos sobre o lançamento de efluentes nos rios e sobre o impacto ambiental causado. Os documentos, no entanto, eram considerados sigilosos e só circulavam dentro da empresa.
Há cerca de cinco anos, a Sanepar não repassa ao Ibama documentos exigidos sobre o tratamento de esgoto. Por conta disso, há 1,8 mil dias a companhia tem sido autuada, com multa diária no valor de R$ 20 mil.
Até o fim da manhã desta quinta-feira, outras quatro multas diárias, somando R$ 200 mil, foram aplicadas pelo Ibama. A estimativa é de que mais autos de infração sejam lavrados até o fim desta quinta-feira.
Durante a tarde desta quinta, seis motoristas de caminhões do tipo limpa-fossa foram presos na Estação de Tratamento do Esgoto do Rio Belém, em Curitiba, ao despejar esgoto diretamente no rio. Um funcionário da Sanepar também teria sido preso em flagrante.
As investigações da “Operação Iguaçu – Água Grande” começaram em 2009. Até esta quinta-feira, as equipes percorreram – de helicóptero e de barco – mais de 15 mil quilômetros e coletaram mais de 430 análises laboratoriais em material, encaminhados principalmente à Unicamp.







Investigação do MP-PR
Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba anunciou nesta quinta-feira (20) que irá investigar a prestação de serviço da Sanepar. O Ministério Público do Paraná informou em nota que já iniciou a coleta de documentos para iniciar as investigações em todo o estado.
De acordo com os promotores de Justiça autores do procedimento, Maximiliano Ribeiro Deliberador e Michele Rocio Maia Zardo, a ação tem como finalidade apurar se a companhia cobra dos consumidores pelo tratamento de esgoto, mas não executa os serviços, assim como informou a Polícia Federal.
Outros poluidores
O delegado da PF informou que, além da Sanepar, outros 180 suspeitos de poluírem o Rio Iguaçu também estão sendo investigados. Nesta etapa, no entanto, foram revelados detalhes apenas da companhia de saneamento, por apresentar o maior volume de irregularidades. Os trabalhos devem continuar.


Pitaco da Viúva
Não acredito que o Ministério Público do Parana, o Ibama e a nossa Gloriosa Polícia Federal vão desde 2009 deflagrar uma teoria da conspiração contra a Sanepar sobre a qual existe uma tão nunca explicada suspeita de estarem injetando um hurricane ou mesmo um twister nas tubulações que levam agua aos nossos relógios. Isso não é uma acusação e sim uma suspeita que merece uma investigação da turma do MythBusters do Discovery Channel.


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