Refeita, pelo menos em parte, pouquíssima parte do sapeca que levou de Jerção por chegar em casa depois da meia noite, tudo por ter aceito substituir a amiga Cremilda na casa da sua patroa da segunda, que estava viajando com a família propiciando a ela a oportunidade de dar uma penta geral na casa a qual seria vistoriada pela amiga no outro dia só para corrigir as possíveis falhas que pudesse ter cometido por ser aquele o seu primeiro dia.
É fato que cada patroa possui uma preferência no tocante a maneira como deseja ver a arrumação de sua casa. Até madame Lidú que a muitos anos não dava um único palpite ou demonstrava contrariedade sobre a forma como trabalhava a sua colaboradora, que era a forma de como a chamava, pois tinha horror de termos como diarista, empregada, serviçal, doméstica ou qualquer outro codinome que viesse a desvalorizar a sua condição de ser humano só por não fazer parte de uma camada mais elitizada.
Como já houvera recebido antecipadamente da colega o valor do seu dia de trabalho, foi ficando arrumando uma coisinha aqui, outra coisinha ali, dando mais uma garibada em alguns cantinhos de sorte que quando foi conferir as horas já passavam das onze. Até pegar o ônibus que a deixaria no ponto de outro que a levaria próximo as escadarias do morro onde morava, já era para lá de meia noite, mais meia hora para subir as escadarias, quando chegou na porta do barraco a falta de fôlego era tanta que não conseguiu explicar ao marido o motivo do seu atraso, até poderia de maneira meio trôpega se não fosse o fique quieta que levou no fígado seguido por outro na boca do estrongo sem contar o tiro de meta que o Jersão lhe deu, se valendo de sua anatomia circular corrugada.
Ela apanhou como gente grande, aguentou calada para não acordar os filhos e principalmente não deixar que os visinhos pensassem mal do seu marido, que por amá-la demais ficara com ciúmes pensando que ela estivesse de desfrute com outro carçudo. Depois que lhe contasse sobre as diárias extras que pegara com a amiga Cremilda ele certamente haveria de se desculpar, ou na melhor das hipóteses lhe dar aquele tratamento que a fazia trepar pelas paredes. As Hemorroidas que se lixassem, o diabo do marido era muito bom quando se tratavas de cama.
Após fazer o café e trocar as fraudas do menorzinho, Marica ao tentar acordar Úilian, que com os olhos marejados olhava para a mãe não necessitando proferir uma só palavra para lhe dizer que sabia o que havia acontecido recebendo um sorriso por parte dela como se estivesse querendo lhe pedir desculpas pelo ocorrido.
Marica saiu a caminho da creche de Úaliçon não antes de deixar todo o dinheiro que tinha recebido de Cremilda e mais uns caraminguás que economizara para a compra de um lote de tijolos que o seu Antonio, seu vizinho do lado direito havia deixado ao abandonar o seu barraco depois que o filho chamado de Pelezão teve uma questão paralela com os meganhas da dona justa levando a pior e saindo recheado de chumbo por meia dúzia de escopetas calibre doze.
Úilian ao ver a mãe sair pela porta levantou-se
e apressou os meninos pois já estavam atrasados para a escola. Novamente havia pedido para o amigo Pepê levar seus irmãos para a escola, ficando livre para negaciar as irmãs para que pudesse definitivamente entender o que estava acontecendo. Após os pequenos saírem com o amigo escutou alguns gritos vindo do seu barraco e em seguida suas irmãs saírem correndo pela porta empurrando Markongekson que corria abaixando a camiseta para cobrir a bunda numa clara demonstração de que não estava vestindo cuecas. Enquanto presenciava aquela cena estapafúrdia se surpreendeu mais ainda quando seu pai apareceu na porta vestindo apenas cuecas, com um volume expressivo na parte da frente, o mesmo que ultimamente estava apresentando todas as vezes que saia do quarto rumo ao banheiro depois de assistir algum filme da TV a cabo.
Úilian não queria acreditar, fazia força para não acreditar que a Pira Net do seu pai era daquelas com canais chamados de adultos que ele Úilian já tivera a oportunidade de assistir na casa de um traficante do morro cujo irmão mais novo era seu amigo. Até aí tudo bem, mas daí a ver o pai chamando pelo filho e filhas na porta do barraco com a sua barraca armada, era do fiofó da peçonhenta como dizia o dono de um certo blog que um dia teve a oportunidade de ler.
Por mais que tentasse entender o que estava se passando, a sua pouca idade apenas lhe ligava novamente o desconfiometro, rezando para que tivesse enganado sobre o que estava se passando dentro do seu lar. Mas se tivesse certo, que Deus o perdoa-se, porque amava seus irmãos, irmãs e mãe mais do que qualquer coisa na vida, inclusive seu pai o qual já a algum tempo não lhe despertava nenhum apreço.
Ao ver as irmãs e o irmão desaparecerem no meio dos barracos, ele se aproximou de sua casa sendo vigiado de forma dissimulada por alguns moradores que haviam saído para fora de suas casas atraídos pela gritaria de Jerção.
Sem se importar, Úilian entrou em sua casa tomando o cuidado de não fazer barulho só para ver o que o pai estava fazendo, e pela fresta da porta do quarto pode ver sem nenhuma sombra de dúvida que ele se masturbava vigorosamente tendo o seu membro embrulhado em um pano o qual atirara no chão depois de ter ejaculado. Úilian sabia que o pai atingiu havia gozado, pois a alguns anos ele também adentrara ao mundo maravilhoso da mariquinha Maricota, com a direita com a canhota embora com a direita fosse mais profícuo. Depois de ver seu pai desaparecer dentro do banheiro, abriu a porta do quarto apanhando com as pontas dos dedos o tecido com o qual o senhor Jerção usara como camisinha. Ao reconhecê-lo seus joelhos tremeram, sua boca secou e seu coração disparou como se quisesse sair pela boca. O pano transformado agora em fiapos era nada menos que as cuecas do irmão Markongekson. Úilian soltou a vestimenta ao chão para em seguida silenciosamente pular a janela dos aposentos de seu pai, correr uns cento e vinte metros, adentrar em uma mata seguindo por uma picada para em seguida em um local chamado pelos observadores do trafico como plataforma, parar, se ajoelhar e vomitar até a ultima gota de bílis que existia em seu organismo.
Então era aquele o motivo das meninas saírem de manhazinha de suas camas arrastando oi irmão consigo. Como se não bastasse as surras na mãe, as putas dos bares do Cais do Porto, agora o cara queria se divertir com seus filhos e filhas.
Isso é que não iria acontecer, se preciso Úilian conversaria com seu amigo que era irmão do chefe do trafico se oferecendo para trabalhar para ele como mula ou da maneira como ele melhor pudesse lhe wservir. Ele faria qualquer coisa desde que o irmão do amigo protegesse seus irmãos e irmãs da sanha tarada do pai.
No que lhe dizia respeito, a paz que a sua família perdera estava retornando ao seu lar.
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