segunda-feira, 20 de abril de 2009

feriado antecipado

O povo que sifu!!!
Não vou entrar no mérito da questão se o governador Jackson Lago merece ou não ser afastado do exercício do seu mandato, porque seria chover no molhado discutir a possibilidade dele ter ou não cometido abuso do poder político e econômico na campanha de 2006 em um país onde absolutamente quase todos, em um percentual de 99,99% dos eleitos fazem campanhas bilionárias, como fizeram os candidatos a prefeitura de Curitiba nesta ultima eleição.
Políticos como o senhor Jackson só praticam este tipo de atitude porque o dinheiro não é deles, vindo de empresários inescrupulosos que as custas de financiamentos de campanhas como esta, na continuação conseguem contratos vultuosos com o governo do seu eleito se ressarcindo centenas ou milhares de vezes do montantes das importâncias que disponibilizaram.
Mesmo assim não vou entrar no mérito da questão, pois para mim a contundência está no fato da senhora Roseana abraçar e engolir o mandato em disponibilidade, sem estar minimamente apta para assumi-lo, tendo que se submeter a retirada e posterior tratamento de um aneurisma cerebral que a impedirá de assumir suas responsabilidades no mínimo por seis meses, isso se tudo correr bem.
A filha do presidente do nosso congresso não está nenhum pouco preocupada com o destino do seu estado, querendo o mandato como se fosse um troféu próprio e não como instrumento de ajuda ao povo.
Com a sua licença o Maranhão mais uma vez ficará entregue a própria sorte, que convenhamos, nas ultimas décadas tem sido madrasta pelo naipe de políticos que ali foram gerados.
As pessoas são engraçadas, nascem, crescem, vivenciam, mas não aprendem o melhor caminham que deveria ser tomado por todos para a melhoria de suas vidas.
Enquanto estivermos trabalhando para aumentar a nossa ignorância fazendo a fortuna alheia, este tipo de coisa continuará acontecendo, não adiantando depois procurarmos culpados por nossas mazelas.
Fez a cama neguinho, agora deite...

Bons tempos aqueles
Em 1973, não tendo nada para fazer, resolvi colocar uma mochila nas costas e me mandar para Salvador, para tentar decifrar o enigma do Caime, sobre o que, que a Baiana tem.
Não demorou mais de dois dias para descobrir que muito alem do acarajé, passarinha, carne do sol, sarapatel, leite longa vida Alimba, mingal de tapioca feito pela avozinha que morava de uma casa antiga e mau iluminada próximo a igreja de Itapuã, ao lado da praça, saída para a ladeira do Abaeté, a casa do Vinicius e o farol, ponto final para quem chegava até ali de carro.
Soube uma semana depois que cheguei a Salvador que a janni joplin havia ficado alguns dias hospedada em uma chalé a lá Robson Crusoé, de paredes de barro e teto de folhas de coqueiros e bananeiras em uma vila de pescadores chamada Arembepe.
E lá fomos, eu e um bando de malucos ficando dois dias, porque na época o local não oferecia o mínimo de condições de sobrevivência para uma galera cheia de fome e sem nenhum dinheiro para gastar.
Os caras que me acompanhavam no primeiro dia detonaram toda a maconha que levaram e eu, pobre infeliz criatura que não me acertava de jeito nenhum com a macaca, que me dava após alguns tapas, crises de pânico pensando que a polícia estava vindo e uma fome de ante ontem.
No pouco tempo que desta primeira vez ali passei, tive que me dedicar a procurar coco verde para matar a sede e comer aquele mingauzinho que tem dentro da casca para enganar a fome, quando conseguimos o milagre de parti-lo sem termos um facão apropriado.
No segundo dia deitei o cabelo voltando para Salvador, antes de me arriscar a comer capim pela raiz pela fome que sentiria só de ver os malucos metendo bronca na amacaca.
Voltei a Arembepe diversas vezes, sempre me acomodando na velha e surrada casa do sol que ainda resistia as intempéries e os maus tratos. Nessas ocasiões não encontrei nenhum hippie ou mesmo a mulher dele, que a galera convencionara a chama de Ripa.
De 1973 em diante os hippies já estavam completamente extintos, assumindo o seu lugar uma nova raça chamada de mochileiros que deram lugar aos artesões que continuam por aí disfarçados de hippies.
Sou da geração dos mochileiros que também metiam bronca na marijuana, embora como já disse anteriormente, não me adaptasse a ela, pois tinha a propriedade de me deixar mais retardado do que normalmente sou. Com o passar do tempo fui me afeiçoando ao bom e velho 12 anos o qual hoje visito moderadamente, pois a já citada sede foi suprimida quando criei vergonha na cara e parei de fumar, para a alegria da minha filha Nicole de 17 anos e meus sobrinhos, Julia conhecida como mosquitinha e o gatão Alexandre de 9 meses.
Que não vão ter de aturar uma criatura gambazenta fedendo a chaminé da Souza Cruz cada vez que se aproxima deles.
Um dia ainda volto a Arembepe, mais por curiosidade e depois darei um pulinho até Piatã, só para contar para os nativos que em 73, eu e um monte de mochileiros dormíamos dentro das grandes manilhas que colocaram ali para um dia canalizarem a rede de esgoto da orla marítima, buscando nos distanciar de gatos desgarrados que costumavam dar umas voltas no Abaeté, esperando até que dormíssemos para nos aliviar dos nossos pertences, os quais na maioria das vezes eram pares de cuecas furadas que havíamos ganho das namoradas “ mentira, não resisti, esta é uma musica de carnaval que fez um grande sucesso chegando a ser cantada até pelo Silvio Santos”, e algumas bolachas que era o nosso café da manhã acompanhada do tradicional mingau de tapioca da saudosa avozinha por certo já falecida.
Qualquer hora conto para vocês das bagunças que fazíamos pelas ruas de Salvador.
Bons tempos aquele...

Estelionato puro
Os últimos três terceiros secretários da Câmara dos Deputaiados Federais de Brasília, deixaram só no que está se convencionando chamar de a farra das passagens,

Os terceiros secretários da Câmara na atual legislatura utilizaram a cota de passagens aéreas para o trenzinho voador de parentes. O atual ocupante do cargo, Odair Cunha (PT-MG), usou as verbas de transporte para bancar viagens da mulher pelo Brasil. O antecessor, Waldemir Moka (PMDB-MS), foi “tomar um banho de civilização” com a mulher e as três filhas na Europa, transportando o ex-deputado José Borba, um dos réus do mensalão, com a cota da Câmara enquanto ocupava a Terceira Secretaria.
Moka ainda fez graça através da conta da Câmara metendo a mão grande em passagem de ida e volta com a mulher para Nova Iorque, tudo porque entre as atribuições da terceira-secretaria está a distribuição das cotas de passagem aérea para os 513 deputaiados.

Vou contar uma coisa, chamar esta galera de deputaiados está ficando soft, muito soft.

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