segunda-feira, 30 de março de 2009

Uma excelente reflexão sobre a morte...


Leia com calma e reflita bastante.






Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos.

Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada.

Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a

desestruturação da cena.






Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que

é mesmo o que e causa em todos os que ficam.

A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte,

por si só, é uma piada pronta.






Morrer é ridículo.


Você combinou de jantar com a namorada,está em pleno tratamento

dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde, morre.






Como assim?

E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela

metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer.

A troco do que?






Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente.

Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.

Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...






De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.


Qual é?


Morrer é um chiste.






Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém,

sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida.

Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas.

Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.






Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas , mulheres e morre num sábado de manhã.

Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo

jeito.






Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo.

Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.


Ok....


Hora de descansar em paz.






Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.


Morrer é um exagero.


E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas.


Só que esta não tem graça.






Por isso viva tudo que há para viver.


Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da Vida...


Perdoe....sempre!!






Perdoe....sempre!!






Perdoe....sempre!!






Perdoe....sempre!!
Texto de Pedro Bial



As famílias Drabik e Nicolae e os amigos cederam para o divino a esposa, mãe, filha, irmã, cunhada, tia, madrinha, professora, amiga, Cintia Drabik Nicolae, mãe do Alexandre Nicolae de oito meses, da Julia “Mosquitinha” Nicolae de 5 anos e esposa, cúmplice, amiga, e dona da pensão do meu irmão Lake Tony.
Foram quase cinco meses negociando com o homem lá de cima que por certo a achou maravilhosa demais para continuar aqui entre nós, devendo ter reservado um lugar todo especial para ela no reino que agora lhe pertence.
Tenho certeza que durante a sua passagem ela foi assistida pelo anjo Alexandre, que um dia veio da terra como homem com a missão de colocá-la neste mundo, educá-la preparando-a para a vida, lhe agraciando com o que existia de melhor no tocante a bons exemplos.
Quero acreditar que o homem lá de cima a tenha chamado para poder proporcionar uma ajuda extra ao anjo Alexandre, nomeando a Cintia como a sua auxiliar para que ambos possam dividir a responsabilidade de cuidar das familias Drabike e Nicolae como também de todos as amigas e amigos que ela apenas por um pequeno lapso de tempo deixou nesta nossa imperfeita dimensão, havendo de nos reencontrar algum dia em um plano mais elevado se formos realmente merecedores de voltar a desfrutar da sua companhia.
Não vou dizer até logo, pois sei que ela sempre estará por perto protegendo a todos, em especial seus lindos filhos e marido, que carregarão até o reencontro que um dia haverão de ter, muitas saudades dentro dos seus corações.
Fica com Deus, cunhada.

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