quarta-feira, 25 de junho de 2008

Tolerância zero
Finalmente tomaram vergonha na cara e criaram uma lei para coibir a associação álcool X direção. Quem até hoje não experimentou um estado de torrefação e moagem por conta de alguma canjibrina, birinyte, goró, aguinha do capeta, manguaça, bira, cozimento do galo, etc.
Eu quando não tinha um pingo de inteligência cansei de cair na balada, embalado por algumas doses com a desculpa que eram para firmar o pulso. Quando é com a gente, achamos que a coisa funciona, e quando vemos outros xupetas um pouco mais azarados que nós por terem se envolvidos em acidentes, os criticamos de forma até violenta, como assisti certa vez um cara partindo para cima de um outro que havia provocado um acidente por estar meio gorozado, somente não o agredindo por conta da chegada da turma do deixa disso.
Muito bem, uma hora depois o revoltado motorista saiu com o seu carro, cantando pneus e iniciando um mini racha com um amigo que estava tão bêbado quanto ele por terem passado a noite toda enchendo o caco dentro da danceteria onde estávamos. É a fasmosa história da pimenta no fiofó dos outros.
Então se me perguntarem se sou a favor desta lei serei obrigado a dizer que sim. Se acho que o cara mesmo que tenha tomado o interior de um bombom de rum tenha que perder a carteira, digo que sim, se a pergunta for, vai ser permitido aos cosidos alguma benesse para escaparem com suas carteiras de motoristas quando apanhados, digo que não.
O problema é que quando os caras souberem que existe um instrumento dentro da lei que lhes possibilite criar uma impunidade, como por exemplo, fingir de forma documentada que é portador de uma doença que exija remédios que simulem alguns dos efeito do álcool, como por exemplo a diabetes, neguinho vai conseguir receitas e mais receitas para tentar escapar do flagrante e antes que a comunidade médica me massacre, deixem-me lembrar que em todas as profissões existem os bagaços e não seria na medicina que ocorreriam estas exceções, bastando nos lembrar do O0smani Ramos ou daquele que matou a namorada e a esquartejou escondendo-a em malas, isso sem contar alguns que conheci que encaravam centros cirúrgicos só para terem acesso a poderosos medicamentos que também servem como doping.
Então se novamente me perguntarem se sou favor a tolerância zero, vou novamente dizer que sim, embora me sinta ainda não muito esperançoso que isso dará certo, porque a coisa mais importante com relação a deflagração da impunidade que as autoridades não levaram em conta foi a famosa e popular molhada de mão que todo os motoristas apanhados encaquizados tentarão fazer. Antes desta nova lei o alcoolismo era uma das maiores moeda de troca entre cozidos e um numero substancial de agentes da lei, os quais agradeciam os céus quando encontravam um manguaça dirigindo.
Então o que ainda ninguém nos respondeu é o que farão as autoridades quando apanharem seus agentes recebendo suborno dos biriteiros para não serem presos e perderem suas carteiras.
Não acredito que o afastamento de suas funções até serem investigados seja uma atitude compatível com a tolerância zero que acertadamente se abateu sobre os motoristas. Se eles vão ser exemplarmente punidos, os subornados terão que seguir o mesmo caminho, com investigações rápida e rasteira, não criando uma situação de cozimento do galo para se ganhar tempo, cair no esquecimento e livrar o brioco das otoridades envolvidas, quer sejam elas soldados, escrivães, delegados ou renomados membros dos governos estaduais que normalmente passam ordens para a polícia aliviar, sempre que o envolvido possui pedigree de participantes de exposição de filhotes de raça.
Se os homens que criaram esta lei vierem a publico e afirmarem que a punição será exemplar, não só acho que esta lei pega como também acredito que será o primeira grande ação para passarmos este país a limpo em todas as outras ocorrências, principalmente dentro da política que é onde hoje encontramos as maiores podridões.
E esperar e ver se vão levar este assunto realmente a sério, não o transformando em outra cortina de fumaça para tentar esconder coisas mais cabeludas.

Combustíveis

Mais uma vez me lembrei de uma brincadeira de um amigo quando lhe perguntavam o que fazia na vida.
Tenho posto, dizia ele.
De combustível?
Não, tenho ,posto no rabo dos outros mesmo...
Ele era realmente dono de dois postos e mesmo sendo nosso amigo nunca, nem bêbado nos confidenciou se adulterava o combustível recebido das distribuidoras.
Imagino que ele também dava o Migué, pois mesmo na época de vacas magras nunca deixou de aumentar o seu patrimônio.
A um ano a Globo fez uma matéria onde ratificou o que todos a muitos anos já sabíamos, que era a adulteração dos combustíveis.
Muitos postos foram fechados para em menos de trinta dias serem novamente reabertos. Os gerentes presos foram quase que imediatamente liberados e os ínfimos proprietários detidos nem chegaram a puxar xilindróia por terem excelentes Advobriocos.
Agora volta a Globo com a constatação que a coisa piorou, tendo em alguns casos a mistura chegado a mais de 60% de álcool, solventes, sucos de erda, concentrado de osta, e sabe Deus lá o que mais.
A Texaco ao ver sua bandeira em um dos postos mostrados, escondeu seus diretores e por certo vai jogar a culpa em cima dos transportadores que certamente devem ser terceirizados.
Se me derem um cargo na companhia com salário acima de trinta mil reais acabo com a farra do boi garantindo que os postos que carregam a sua bandeira receberão sempre os combustíveis saídos dos depósitos da companhia sem nenhuma chance de serem adulterados.
É fácil, coloquem um GPS em cada caminhão e os motoristas não terão a mínima chance de pararem nem para fazer xixi.
Levando em consideração que ater um idiota como eu é capaz de pensar nesta solução, acho que se apertar, muita gente dentro da Companhia vai gemer e colocar as mãos na buzanfa porque o fumo é grande e grosso, dado o numero de4 postos que cada uma das empresas tem sob sua responsabilidade.

Nenhum comentário: