terça-feira, 24 de julho de 2012

CUMPRIMENTOS AOS LEITORES




Em primeiro lugar gostaria de agradecer as palavras gentis do leitor Paulo Rogério Jasiocha sobre a postagem, Um tempo de nunca voltará.
Vou te contar um segredo Paulo, a pouco tempo morei em um excelente bairro de Curitiba, a cinco quilômetros do centro da nossa cidade onde para comprar pão em uma panificadora a 70 metros precisava ir armado. Um dia assistindo televisão ouvi vozes altas vindas da rua, pensei até que era o pessoal da coleta do lixo que passam assobiando e não muito incomum, fazendo um penta alvoroço, porque vamos combinar uma coisa, ficar não sei quantas horas por dia saboreando o inebriante aroma de mil e umas lecas, é só com muito gritedo para aguentar a situação.
Ao chegar ao portão com a minha contribuição aos meninos, fui informado pelos visinhos que não era o caminhão da limpeza pública e sim dois bandidinhos que haviam assaltado a panificadora e no caminho aliviarem meus visinhos dos celulares e alguns reais que tinham nos bolsos para depois entrarem em um veículo estacionado na outra esquina e darem no pé, escafederem-se.
Outra vez na saída do Scavolo, um mais cozido que cachorro quando está virando sabão me apontou uma faca pedindo a carteira e o relógio.
Ao ver o seu estado de torrefação e moagem tentei argumentar que a coisa não iria acabar bem, que era para ele ir curar o porre em casa, pois ao contrario poderia se machucar com faca e tudo.
O cara não acreditou, veio em minha direção tentando me furar a barriga, só não conseguindo por não estar bem das pernas. Depoois de desarmá-lo, infelizmente tendo que quebrar o seu braço, tomei-lhe a faca a depositando em sua poupança, o que o fez correr pela Buenos Ayres abaixo gritando balançando o braço quebrado e com o são segurando a faca.
É Paulo, os bons tempos a muito se perderam, agora vivemos presos por grades, tetras, pentas trincos com correntes, tramelas e palavras mágicas para nos livrar dos elementos da gangue do cramulha que insistem que dinheiro e objetos de sonho de consumo como celular e Tênis Nike assumam o status de mercadorias sob nova direção.

Gostaria ainda de dar um olá para o FRANSI / Miller da Descupinizadora. WEB de São Paulo se se cadastraram como leitores da Viúva. Quem sabe u8m dia ainda necessitarei dos seus préstimos, porque a nossa cara de pau requer cuidados para que não seja infectada.
E para finalisar gostaria de mandar um abraço para o leitor anônimo dos EUA, que me cumprimentou pela postagem que fiz a alguns anos denunciando a nossa gloriosa Polícia Federal, blogs de pornografia que estavam postando matérias se utilizando do nome da viúva para atrair visitas. Tem nada não amigo, pornografia é lixo, portanto nunca será incentivada pelo nosso blog que tem muitos eleitores jovens que o lêem diariamente.

A minha querida amiga Maria
Tô como muitas saudades do ces tumem. Espero dar um pulinho até aí no próximo mês. Enquanto isso me deixe publicar a matéria que me mandou sobre o enólogo em Minas.


Degustação de vinho em Minas

.- Hummm...

- Hummm...


-
Eca!!!

- Eca?! Quem falou Eca? 


- Fui eu, sô! O senhor num acha que êsse vinho tá com um gostim estranho?

- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de
 trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas... 

- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!

- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor? 


- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!

- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
 
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?

- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...


- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!

- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no... 


- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim! 

- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens... 


- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta... 

- O senhor poderia começar com um Beaujolais! 


- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana! 

- Então, que tal um mais encorpado? 


- Óia lá, ocê tá brincano com fogo... 

- Ou, então, um suave fresco! 


- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada! 

- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar! 


- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta... 

- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio? 


- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu? 

- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei? 


- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!

- Mole e redondo, com bouquet forte?
 
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...

Isso me lembrou outro dia em um supermercado quando estava procurando um aerosol desodorizador de banheiro. Em dado momento minha namorada apanhou uma cartela onde havia um produto rotulado como, Aroma matinal do campo. Como nunca havia experimentado aquela fragrância, comprei e levei para casa.
No outro dia a Rose me perguntou se eu havia gostado.
É, respondi sem convicção.
É o que, perguntou-me já quase sem paciência.
Tem cheiro de aroma matinal do campo...
E que porra de cheiro matinal do campo é esse, perguntou-me quase ao ponto me pular e me encher de porrada.
Há, respondi eu, tem cheiro de bosta de vaca...
Os. A porra do cheiro matinal e as porradas que queria me dar é por minha conta, porque a Rose é incapaz de pensar, quem dirá falar um único palavrão. Costumo dizer que ela não é fresca e sim refrigerada.
Beijos Linda.

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