NA BRONCA
Pitaco do redator da Viúva
Certa vez quando morava em um condomínio fechado, cheguei em casa da balada umas oito da matina e quando ia me preparando para tomar um cafezinho básico para depois dormir até uma seis da tarde, fui surpreendido pela campainha. Ao aabrir a porta dei de cara com duas saiudas da tribo acima, as quais me perguntaram se poderiam entrar para falar de Jesus.
Fala sério, as oito da matina, com uma fome de ante ontem, uma ressaca de tresantonte, sabendo muito bem que a coisa não seria rápida, pois meu alito transcendia a sexo e whisky 12 anos, dueto ao qual me entreguei na noite que findará, não tive outra saída a não ser a de criar um subterfúgio. Pedi a ambas que aguardassem um pouco, pois estava nos fundos da casa matando uma galinha preta para oferecer a uma entidade espírita, trabalho este encomendado por uma mulher cujo marido havia fugido com a empregada e que queria o fujão de volta e sete palmos de terra em cima da serviçal. Apontando o sofá da sala para que me esperassem, tive a sorte de ouvir uma das galinhas do quintal do visinho dos fundos gritar de forma escandalosa, por certo por ter o galo cumprido com maestgria o seu dever lhe dando um creu. Aproveitando a deixa me dirigi para a cozinha que era em frente da sala para em seguida sair para os fundos do terreno começando a imitar um pai de santo quando é incorporado.
Nem precisei contar a te cinco para espiar pelo vão da porta que dava para a janela da frente, duas saias subindo e descendo pelo impulso de dois pés que aceleravam a toda em direção da saída do condomínio.
A vitoria teria sido em conteste se uma de minhas vizinhas não tivesse ouvido a minha conversa com as crentes e acreditado que eu realmente tivesse sacrificado as penosas e principalmente que não teria sido esta a primeira vez que tal fato ocorrera, pois vivia escutando os cocoricós desesperados de outras galinhas quase me fazendo ir ter um Tetê a Tetê com o galo pedindo mais discrição nos seus rala e róla.
Acho que exagerei, pois analisando as duas indo, até que davam um caldo...
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