sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Valentia é mato


Valente pá cagaio



Quando tinha aproximadamente 12 anos fui com meu pai em um zoológico nas Africa do Sul.
Não era ainda nem sombra dos parques atuais, situando-se no platô de uma montanha que outrora tinha sido um vulcão, hoje adormecido. De binóculos lá de cima podia se ver diversas manadas de zebras, gnus, veados, búfalos e outras espécies, todas seguidas por carnívoros de todos os tamanhos, indo do Rei Leão ao chacal, um dos mais interligentes carnívoros da África.

De repente quando assistia por uma luneta a corrida de um guepardo para cima de uma gazela, ouvi uma confusão de gritos vindos das proximidades e ao vira-me vi que quatro leões haviam fugido de um cercado, tendo alguns deles já feito vitimas entre os espectadores. Quando me virei para deitar o cabelo dei de cara, pelo tamanho, com o chefe da gangue, o qual deveria pesar uns duzentos e poucos quilos com uma cara de fome de ante ontem, pois ao me ver se lambeu todo me encarando como um belo filé de vitima precoce.
Não deu outra, quando deu o bote pulei para a esquerda e sebo nas canelas e quando o vi novamente se aproximando pulei para o lado e parei, fazendo com que ele passasse reto indo dar de cara com uma grande arvore. Ao virar e ameaçar uma nova corrida vi três  outros leões vindo para cima de mim da nova direção,  obrigando a me desviar fazendo com que os três trombassem com o primeiro que já refeito da porrada que deu na arvore estava com a fúria redobrada partindo novamente  em minha direção.
A adrenalina é algo fantástico, se para escapar do primeiro ela bombeou uma pequena dose no meu sangue, para escapar de quatro, ela fez fluir uma verdadeira cachoeira me fazendo correr mais rápido que vagabundo que depois de papar a piranha pula a janela para escapar do gigolô da lindinha que alem do mais é atleta de maratona. Mais rápido que uma bala de revolver segui em direção ao precipício que findava o platô e quando já estava em sua borda fiz uma curva para a esquerda fazendo os leões derraparem indo cair no precipício que devia medir uns bons 1.200 metros.

Atrás de nós a platéia que rezava por um milagre e ao ver os leões se precipitando para o vácuo se aproximaram, me erguendo no ar me saudando como se eu fosse um herói.
O dono do parque, o mais entusiasmado, pois tinha uma vitima a menos para indenizar, disse a todos que mesmo tendo uma experiência de caçador e domador de feras por mais de vinte anos, se tivesse sido ele em meu lugar teria se cagado todo. Agradecido pelo elogio, fiz apenas um reparo em tom de explicação relativo ao meu ato heróico;

E no que o senhor pensa que os quatro leões derraparam

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