Treinando com o inimigo
Posted by Lucas on Jan 22, 2012
Essa é a capa do diário Marca que gerou toda a confusão.
José Mourinho sempre deixa clara a sua postura nos clubes por onde passa: quem manda é ele. Isso não se discute. Outro conceito formado na cabeça no técnico português é que a imprensa é um problema. Por isso, sempre dá a cara para bater aos jornalistas (a sua maneira, claro) quando as coisas vão mal. Uma tática para proteger e tirar pressão dos seus jogadores, algo que lhe rendeu o respeito e a admiração da maioria dos atletas que trabalharam com ele.
Apesar de ser um personagem antipático no atual mundo do futebol, a conexão de Mourinho com seus jogadores é uma das suas principais virtudes como treinador. Um pacto de sangue onde tudo que ocorre se resolve internamente e que sempre deu certo. Até agora.
O diário esportivo espanhol Marca revelou con último domingo como foi a primeira conversa do treinador português com os jogadores do Real Madri após a derrota no clássico contra o Barcelona, pela Copa do Rei, onde se pode sentir que o ambiente é tenso.
Para entender melhor, o leitor deve saber que após a partida contra o Barça, Mourinho seguiu sua estratégia normal na zona de entrevistas do estádio Santiago Bernabéu ao afirmar que “A derrota tem só um pai”.
O técnico se declarava como único culpado do resultado. Mas completou, sem citar nomes: “Quem quer ganhar um clássico não pode levar um gol de bola parada”, destacando a falha da equipe no gol de empate do Barça, marcado por Puyol.
A falha foi do zagueiro Sergio Ramos, segundo se soube depois. O curioso é que ao mesmo tempo que Mourinho assumia a culpa pela derrota, Ramos dava a seguinte declaração ao jornalistas do outro lado da zona mista: “Nós jogadores buscamos nos adaptar à filosofía do treinador. Algumas vezes ele acerta, outras não”. A reação de
Mourinho teve que esperar até a sexta-feira passada, quando voltou a encontrar seus jogadores no CT de Valdebebas, em Madri. Segundo Marca, na ocasião se produziu a seguinte conversa:
Mourinho (dirigindo-se a Sergio Ramos na presença de todo o elenco e comissão técnica): “Você me matou na zona mista”.
Sergio Ramos: “Não ‘mister’. Você só leu o que a imprensa noticiou, e não tudo aquilo que dissemos”.
Mourinho: “Claro que como os espanhóis foram campeões do Mundo, os seus amigos da imprensa os protegem… Como acontece com o goleiro (referindo-se a Iker Casillas, que se exercitava próximo ao local da conversa).
Casillas escuta e grita: “‘Mister’, aqui as coisas se dizem cara a cara, não?”
Mourinho retoma o papo com Ramos: “Onde você estava no primeiro gol, Sergio?”
Sergio Ramos: “Marcando Piqué”.
Mourinho: “Mas tinha que marcar o Puyol”.
Sergio Ramos: “Sim, mas estava de costas para o Piqué e decidimos mudar as marcações”.
Mourinho: “Agora você é treinador?”
Sergio Ramos: “Não, mas dependendo da situação de jogo às vezes temos que mudar a marcação. Como você nunca jogou futebol não sabe que às vezes estas situações ocorrem”.
Se essa conversa for verdadeira, revela um duro confronto existente entre o técnico português e os capitães do Real Madrid, Casillas e Sergio Ramos, também líderes do núcleo espanhol do clube madrilenho. A guerra é evidente e o pior de tudo é que existe um infiltrado da imprensa dentro do vestiário merengue. Uma situação que não traz nenhum benefício à equipe. Ainda mais com a proximidade de um novo clássico diante do Barcelona.
Apesar do turbilhão inesperado no clube, o Real Madri goleou o Athletic de Bilbao por 4 a 1, no último domingo, pela Liga Espanhola 2011/12, no estádio Santiago Bernabéu, em Madri. Mas segundo o canal espanhol ´La Sexta´, Mourinho reuniu o elenco no hotel de concentração da equipe antes do jogo para dizer que não gostou nada do assunto e que vai buscar quem é o infiltrado. Uma história que ainda dará muito o que falar.
Pitaco da viúva
Com apenas 99,999,99 por cento de certeza que o Murrinha pertence aquele grupo de “professores” quer após uma partida do nobre esporte bretão, revogando todas as disposições em contrário, opta por uma das três explicações cientificas para o resultado da peleja, que seriam, EU GANHEI, nós empatamos, eles perderam.
Aqui no patropi fora os 120 milhões de geraldinos e arquibaldos metidos a técnicos de futebol temos os profissionais, os quais depois de uma humilhante e acachapante derrota saem para a entrevista coletiva com o mesmo discurso do Murrinha, procurando defender o salário de mais de 200 mil giripetas que os grandes times lhes pagam.
Tenho saudades do Nicodemu, ex guapo do Esporte Clube Nossa Senhora do Azulivrinho que na sua estréia viajou com a delegação para um jogo amistoso, no qual ao final da partida mandou o seguinte telegrama para o presidente do time que foi o seguinte.
Viajemo, cheguemo, olhemo, gostemo, joguemo, num ganhamo nem perdemo, empatemo, agora vortemo.
Ass. Nicodemu.
Pode não ser um primor, mas é melhor que o discurso do Murrinha e seus fraternos.
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