quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Moçambique as vezes também é aqui



SEM CONTROVÉRSIAS

Parabéns ao quinteto do STF que premiou a quadrilha dos fichas sujas permitindo que concorram a mais 4 anos de roubalheiras dos cofres públicos como vem fazendo a gerações.
É de juristas como estes que o Brasil nunca precisou, não precisa e nunca vai precisar, mas que infelizmente por uma questão de legislação estão aí nos bolsos dos coletes dos presidentes da república nomeados por nós mesmos para nos pregarem suas varas nos nossos fundilhos.

A nação eternizada agradece em especial ao ilustríssimo senhor doto
Luiz Ignorantaço Molusco da Silva e sua criatura, Dilma Chucka Rousseff a quem teremos que dar benção nos próximos 4 anos até o retorno do seu criador.
Ê, Ô, Ô, VIDA DE GADO
POVO MARCADO, POVO FELIZ.

Vai ser hoje, ou tomamos vergonha na cara colocando a Marina no segundo turno ou isso aqui vai virar uma  CALIFORNICATION


A vida como ela é

Quem já leu aqui no blog eu descendo o cacete em policiais civis e militares, no entanto defendendo aquela que chamo de Gloriosa, que é a Polícia Federal, pode achar que sou um puta baba ovo ou puxa saco da maior qualidade.

Erraram, eu só falo mal quando daqueles que merecem e cá pra nós, no conjunto da obra a Gloriosa é useira e veseira na arte de não fazer arte, pelo menos daquelas que denigrem o distintivo de todos que se orgulham de fazer parte da corporação.

Aqui em Curitiba temos dois batalhões da PM que vira e meche alguns dos seus membros resolvem fazer uma turnê nas páginas policiais não como autoridades e sim como bandidos do mesmo nível daqueles que enfrentam recebendo no mínimo um acobertamento por parte de suas corporações.

Nem só de malho vive este blog, de vez em quando publicamos notícias de policiais militares que mesmo não estando de serviço colocaram suas vidas em risco para ajudar a população, enfrentando sozinhos bandidos armados enquanto esperava por reforço, tendo para lhe ajudar apenas a sua arma e a devoção ao homem lá de cima.

Estes não são policiais e sim heróis que normalmente só são lembrados quando ocorre alguma caca as quais nem sempre pode lhe ser imputada porque a verdade tem muitas facetas, ou como costumo dizer, ela é composta da tua, da minha e da verdadeira.

Numa época de falta de ídolos, pessoas ou grupos a quem admirar, surge com um pouco mais de intensidade o GAECO.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado que alem de enfrentar quadrilhas de bandidos, corta a própria carne sempre que ela resolve contrariar a lei praticando atos que deveriam ser de exclusividade dos bandidos.

Em agosto de 2009 dois militares que no pátio da Delegacia de Polícia do 2º Distrito, no bairro Água Verde, após terem flagrado um rapaz na Vila das Torres com um cigarro de maconha, exigiram do membro da esquadrilha da fumaça R$ 30 mil, sob ameaça de colocarem drogas na empresa da família do jovem e autuá-lo por tráfico.

Como o xupeta estava mais duro que noivo no dia do casamento, combinaram que o faz me rir seria entregue no dia seguinte, em frente a um supermercado no Jardim Botânico, onde o Batman e o Robin compareceram para levar o beiço já que o fumacê não deu as caras.

Por ter pagado um mico, a dupla resolveu infernizar o pai do garoto, lhe telefonando diversas vezes ameaçando complicar a vida do filho caso não recebessem os 30 mil, que acabou sendo reduzido a 1 mil, em ação digna de bandidos pés de chinelo, não chegando mesmo assim a ser pago, preferindo acertadamente o pai do beiçudo procurar o Ministério Público que incumbiu o GAECO de investigar o caso.

Mortal da história, si finaram os dois cretinos permitindo ao GAECO marcar mais alguns pontos rumo aos pináculos da Glória para um dia se continuar assim também ser chamado de Glorioso.


Preso por se masturbar para a própria filha
Marcelo Vellinho
Um homem, de 47 anos, foi preso, condenado a 10 anos e 10 meses de prisão, por atentado violento ao pudor contra a própria filha. O suspeito costumava se masturbar na frente da criança, que, na época, tinha 6 anos.

Os episódios se repetiram várias vezes, em 2004, até que a mãe da menina flagrou o marido e o denunciou à polícia. O acusado foi julgado e, em maio, foi condenado.

Com mandado de prisão em mãos, policiais da Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) foram até a Rua José Rodrigues Pinheiro, na Cidade Industrial, e prenderam o tarado. Ele foi o 13.º pedófilo preso na Operação 213.




Estes 3 nunca serão chamados por este blog de Gloriosos

Eu já descasquei amendoim pro chefe e você?
por Elisio Leonardo
elisio@opatifundio.com13 de January de 2009
    
A história que venho contar hoje é muito triste, lamentável e todas aquelas coisas pelas quais ninguém gosta de passar. Aconteceu comigo mesmo, no dia em que ia viajar para “Cabeça do Velho”, em plena paragem de autocarros. Mas fazer o quê se é o que a vida na cidade tem para nos oferecer?
Para contar do sucedido, é interessante antes falar do processo normal de preparação de uma viagem do Maputo, capital de Moçambique, para Chimoio minha terra natal, lá onde fica a “Cabeça do Velho”. Para fazer uma viagem destas de autocarro, o bilhete de passagem compra-se no dia anterior, para facilitar o controlo por parte das companhias etc,etc.
Ok! Eu queria viajar e tive de fazer isso. Comprei o meu bilhete às 08h00 da manhã para viajar no dia seguinte às 04h30 da manhã. Na verdade comprei o bilhete um pouco tarde, mas isso é outra história.
Apesar de não ser de São Paulo nem do Rio de Janeiro, Maputo é grande e também há ladrões e tudo. O facto na verdade é descobrir quem são os ladrões, mas talvez até no fim do artigo você poderá me ajudar a desvendar este pequeno mistério.
Então estava eu dizendo que Maputo também é grande e perigoso e por isso não podia me imaginar a sair de casa às 03h00 da manhã para ir até a Junta (nossa paragem de autocarros interprovinciais) para apanhar o meu chapa (é assim que se chamam os transportes de passageiros aqui). Então a melhor idéia neste caso era sair as 08h00 da noite e passar a noite no chapa. Fiz isso, apesar de alguns amigos não concordarem.
Olha que eu estava levando comigo a minha mala, cheia de roupa nova para ir curtir nas férias, e ainda o meu querido PC, para escrever este artigo para a revista. Apesar de ir de táxi (que me cobrou muito caro), eu estava com medo dos tais gatunos (gatuno aqui é ladrão) que rodam em Maputo a procura de um pobre inocente.
Cheguei a Junta e o taxista foi cuidar da sua vida (mas para quê que eu ainda ia precisar de um taxista, se faltavam menos de 300 metros para chegar ao meu chapa?). Eu estava ai, na minha maior inocência carregando as minhas coisas para colocar no autocarro. Na minha frente vinham três policias, o que me colocou ainda mais folgado, já que com policia por perto nenhum ladrão ia se meter comigo (ainda não sabemos até aqui quem é o ladrão, né? Pois espera um pouco…).
Os policias me pediram para parar e começou aquela ladainha de sempre:
-Boa noite
-Boa noite
-Pode mostrar a sua identificação?
-Claro, mas o bilhete de identidade está na mala. Posso mostrar o meu cartão de estudante? Era eu querendo me exibir com o meu cartão da Universidade Eduardo Mondlane, uma coisa rara por aqui, onde ninguém gosta de estudar!
-Podes mostrar qualquer papel, desde que tenha a tua foto.
Acabou a ladainha normal de um encontro com um “Cinzentinho”, e começou a parte estranha da história. Ok, Ok, eu explico o que é um “Cinzentinho”: Cinzentinho é o nome que dão aos policias daqui, por causa da farda cinzenta que usam. Mas um detalhe: Se um dia visitar Moçambique, nunca chame um policia de Cinzentinho, senão não me responsabilizarei pelas conseqüências disto.
-O que trazes ai nestas pastas?
-Na mala tenho minhas roupas e neste saco trago uma carcaça de um PC para fazer um trabalho de férias.
-Aie? Tem documento?(Eu não tinha) E lá na Universidade sabem que você levou este PC? Por que vocês são sempre assim? Semana passada encontramos um colega seu aqui e contou a mesma história.
-Claro que sabem. Queres que eu ligue para o diretor? Dizia eu. Nem sei qual era o meu estado emocional naquela hora, mas acho que estava tremendo de medo.
-Nada disso, vamos agora para a esquadra, e lá você vai falar bem.
Eu sou um miúdo meio louco algumas vezes, por isso estava decidido a ir dar uma volta na esquadra. Mas pedi para pelo menos deixar a mala de roupa no autocarro, pois estava pesada e não fazia sentido levar ela comigo para a esquadra. Enquanto eu carregava a mala, dois dos policias ficaram lá com o PC e quando eu voltei, veio a terceira parte da conversa:
-Jovem, vamos lá conversar como homens. Se você ir conosco para a esquadra, você não vai voltar a ver o seu PC. É melhor descascar algum amendoim para o chefe que tudo vai morrer aqui mesmo. Seja homem jovem, nós só queremos te ajudar.
Até aqui já começa a aparecer a resposta sobre os ladrões que eu tinha medo de encontrar na estrada né? Mas ok, eu não tinha alternativas, tive de tirar os 200 meticais que eu trazia para comer alguma coisa durante a viagem. Olha que uma viagem normal de Maputo para Chimoio leva cerca de 16-20 horas, e a minha não foi nada normal, mas esta também é outra história.
Já podem ver o que é descascar amendoim para o chefe por aqui né? O movimento dos dedos ao descascar um amendoim torrado é o mesmo que ao contar notas de dinheiro, já tinha notado isto? Temos bons observadores de absurdos por aqui também!
O mais engraçado é que depois de descascar o tal amendoim para o chefe, eles ainda tiveram coragem de me dizer:
-Mete lá sua coisa no carro rápido, enquanto ainda estamos por perto, assim ninguém vai te assaltar… Me assaltar, como se eu já não tivesse sido assaltado!
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é moçambicano, estudante de informática da Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, e é autor do site MZ Noticias. 

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