sábado, 12 de dezembro de 2009

Ao programa Pânico da Jovem Pan

Uma opinião ou uma sentença?
Sou apreciador do programa Pânico da Pan, em especial do coadjuvante Bola, o qual acredito ser o cara que mais sabe fazer um xingamento em toda América Latina.
Tenho para comigo que o Bola na sua função de fazer rir é o palhaço mais bem sucedido da televisão brasileira, ganhando de goleada de qualquer um do zorra total e até de renomados humoristas como por exemplo o Renato Aragão e o seu escada Dedé Santana, a séculos produtos repetitivos sem a mínima graça.
Ocorre que nesta ultima quarta feira no programa Pânico, o seu Bola fez um comentário depreciativo e ofensivo a todo povo paranaense quando estava abordando o sururu que um grupo ligado a torcida organizada Império Alvi Verde promoveu no nosso estádio na partida contra o Fluminense.
Disse o radialista que depois os caras “os Curitibanos” querem passar a imagem de cidade organizada, terminando com um, pois sim, que deu direito a varias interpretações de cunho depreciativa,  de um povo que não é melhor nem pior que a maioria existente em outros estados e que possui torcidas organizadas idênticas a Gaviões da Fiel,  Mancha Verde, Independente do São Paulo, tanto pela maneira que encontraram para empurrar o time para frente como para promover pandemônios onde jogares e famílias são ameaçados e por vezes agredidos, alem da destruição do patrimônio existentes em suas sedes, quando a pancadaria não ocorre dentro de aeroportos.

Olha senhor Bola, tudo o que acontece aí na terra dos Bandeirantes é copiado pelos xupetas daqui, mas no caso de domingo, nem a torcida do Atlético Paranaense que também está muito bem representada no quesito torcedores politicamente suspeitos, ou a do Paraná Clube que sabe-se lá como vivem disso por representarem os torcedores de radinho de pilha não tiveram absolutamente nada a ver com isso, tão pouco os pais e mães que acompanhavam seus filhos ao estádio e que ficaram acuados, respirando a fumaças que os PMs chamam pomposamente de artefatos de efeito moral e sendo agredidos por esta mesma polícia como relatou um torcedor que é co/apresentador do programa tribuna nos esportes de nome Leandro Raquena que teria visto um PM atirar contra uma mãe que segurava a filha pelas mãos.
Nenhuma destas pessoas invadiram o campo nem que fosse para comer capim, coisa muito apropriada para qualquer tipo de criatura que se acha engraçado, mas que de vez em quando faz comentários de verdadeira cavalgadura não medindo as palavras.
 

Para tecer o comentário depreciativo que o senhor Bola fez, só se ele tem uma questão paralela aberta contra o nosso estado que não conhecemos, ou inadvertidamente ultrapassou a linha que divide a gozação do inconveniente e até ignorância, coisa que até hoje estava incluindo o jornalista fora desta.

Não vou deixar de ouvir o programa Pânico só por causa deste escorregão, mas seria excelente ouvir do co/apresentador as palavras, porra, errei, como disse alguém que atirou um raio na cabeça de um Padre quando na verdade queria acertar um menino que jogava pedras em um ninho de passarinho.
Palavra que espero ouvir isso do senhor bola, porque é frustrante gostar e acompanhar o trabalho de uma pessoa para mais tarde  descobrir que cometemos um grande erro de avaliação porque a pessoa em si não passava de um fanfarrão a serviço da babaquiçe.
Espero sinceramente que neste Box não esteja estacionado o caminhãozinho do Senhor Bola.    

A propósito, tenho uma filha de 17 anos que estava junto com as amigas no jogo de domingo. Tentei de todas as formas entrar em contato com ela, mas o seu celular não atendia por ter sido avariado durante a confusão.
Não quero que ninguém passe pelo que passei, ouvindo no rádio a barbárie que os filhos de uma que ronca e fuça estavam promovendo e sabendo que tal ação corresponderia a uma reação ainda mais violenta da polícia militar que quando entra em um conflito só falta fazê-lo segurando o cacetete com uma mão e a estrovenga com a outra, de tanto tesão que sentem ao distribuir porrada para tudo quanto é lado.
Como Se isso não bastasse, temos que encarar comentários como os feitos pelo senhor Bola que colocam todos nós Curitibanos e porque não dizer Paranaenses na condição de bando de arruaceiros ou caterva a serviço da barbárie.
É uma pena que pense isso de nós Paranaenses, porque se apanharmos exemplos vindos de outras capitais aonde a violência já chegou a níveis de guerra civil entre autoridades e marginalidade, chegaremos a conclusão que somos irmãos de infortúnio empatando em gênero, numero e grau, não podendo de forma alguma atirar a primeira pedra por não possuirmos nada que nos diferencie.  


 


     

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