sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Mais uma do Congresso em Foco

Essa por enquanto foi a melhor notícia do ano


Um quarto dos senadores quer concorrer a governador

Levantamento do Congresso em Foco mostra que 23 parlamentares no Senado pretendem se lançar candidatos ao governo estadual em 2010. PSDB, PT e PTB têm maior número de pré-candidatos



Com 54 cadeiras em disputa e 23 senadores pensando em eleição estadual, Senado deve se esvaziar em 2010
Renata Camargo

A um ano das eleições, um quarto do Senado se movimenta nos bastidores para se lançar candidato a governos estaduais em 2010. Levantamento feito pelo Congresso em Foco mostra que 23 senadores, entre titulares, licenciados e suplentes, articulam candidatura para governador.

Desses, 17 estão numa situação confortável: poderão continuar no Senado mesmo que não tenham sucesso nas urnas, uma vez que seus mandatos só terminarão no início de 2015. Os outros seis admitem ir para o “tudo ou nada” na disputa estadual, abrindo mão da candidatura à reeleição. Em 2010, estarão em jogo 54 (dois terços) das 81 cadeiras da Casa.

Veja a lista dos senadores pré-candidatos a governador

O PSDB é o partido com maior número de senadores pré-candidatos: sete tucanos trabalham para entrar diretamente nas disputas estaduais. PT e PTB vêm logo atrás, com quatro senadores cada. Em seguida, aparecem o DEM, com três senadores, e o PMDB com dois. PSB, PDT e PR também têm representantes interessados em trocar o Senado pelo Executivo estadual.

Em pelo menos quatro estados, há possibilidade de disputa entre senadores na eleição para governador: Paraná, Rondônia, Tocantins e Santa Catarina. São as únicas unidades federativas que, até o momento, têm dois representantes no Senado articulando candidatura ao governo estadual (leia mais).

Cautela

Como as movimentações nos estados estão a pleno vapor, alguns parlamentares preferem adotar discurso cauteloso. Dos 23 que admitem entrar na corrida estadual do ano que vem, sete ainda evitam se apresentar como pré-candidatos. Eles assumem a intenção de comandar seus estados, mas dizem que ainda estudam o cenário para confirmar a entrada na disputa.

Nas eleições de 2006, 23 senadores concorreram a governador e três disputaram como vice-governador. Apenas quatro dos 26 tiveram sucesso: o atual governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), a governadora do Pará, Ana Júlia (PT), e os vice-governadores do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), e de Santa Catarina, Leonel Pavan (PSDB) (leia mais).

Outros dois senadores que saíram derrotados naquela oportunidade assumiram o mandato recentemente por causa da cassação do mandato dos governadores eleitos pela Justiça eleitoral: José Maranhão (PMDB), na Paraíba, que assumiu a cadeira antes ocupada por Cássio Cunha Lima (SDB); e Roseana Sarney (PMDB), no Maranhão, que entrou no lugar de Jackson Lago (PDT).

Ainda em 2006, três senadores entraram na corrida presidencial: Heloísa Helena (Psol-AL), Cristovam Buarque (PDT-DF), como candidatos a presidente da República; e Jefferson Péres (PDT-AM), morto no ano passado, que disputou a vice-presidência na chapa de Cristovam. Desses, apenas Heloísa ficou sem mandato na Casa após perder a disputa presidencial. Entre os atuais senadores, só Marina Silva (PV-AC) é cotada, no momento, para concorrer ao Planalto em 2010. O senador Cristovam gostaria de voltar a participar da disputa presidencial, mas não tem o apoio do seu partido para isso.

“Estação de baldeação”

A candidatura de senador ao governo estadual se torna atraente, sobretudo, porque o mandato no Senado tem duração de oito anos. Muitos parlamentares aproveitam as eleições para presidente da República, governador e prefeito para tentar mudar o alvo eleitoral sem correr o risco de ficar sem mandato no caso de uma eventual derrota.

Reeleito em 2006, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) diz que o Senado é uma espécie de “estação de baldeação” para o governo estadual. O tucano é pré-candidato ao governo do Paraná em 2010 e vê com naturalidade a candidatura de senadores no meio do mandato. “É normal os senadores quererem disputar o governo estadual. Nos Estados Unidos, a maioria dos candidatos do Partido Democrata e Partido Republicano aos governos estaduais são senadores”, diz Alvaro.

Para o cientista político Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília (UnB), a candidatura dos senadores tem custo político zero. “Os senadores têm a vantagem de ter um mandato de oito anos e no meio desse mandato ter eleições intermediárias. E é uma oportunidade excelente com custo político zero. Ele concorre sem nenhum prejuízo de perder o mandato”, analisa Ricardo.

O cientista político Leonardo Barreto, também da UnB, concorda. Para Leonardo, a eleição para governador fica atraente, porque para muitos senadores ela não se coloca como “um jogo de tudo ou nada”. Outra vantagem, segundo o cientista, é a visibilidade que o Senado propicia no estado.

Entre os senadores que cogitam disputar o governo estadual, apenas seis - João Ribeiro (PR-TO), Sérgio Zambiasi (PTB-RS), Osmar Dias (PDT-PR), Fátima Cleide (PT-RO) e Ideli Salvatti (PT-SC) e o senador licenciado Hélio Costa (PMDB-MG), atual ministro das Comunicações – sinalizam que podem caminhar para o “tudo ou nada”. Seus mandatos acabam no início de 2011.

Casa vazia

“Os senadores têm uma atuação diferenciada quando comparada com a dos deputados, pois as bancadas no Senado são menores, o que permite que o senador tenha maior visibilidade e tenha uma massificação da sua imagem em seu reduto”, observa Leonardo Barreto.

Vantajosa para os parlamentares, a candidatura no meio do mandato se mostra prejudicial para o eleitor, na opinião do cientista político. Isso porque as atenções dos senadores passam a se concentrar nas disputas eleitorais. “A partir de agora, a menos de um ano das eleições, eles estarão dedicados a essas pré-candidaturas. É bem possível que as discussões no Senado fiquem de lado e a prioridade passe a ser os estados”, avalia Leonardo.

Alvaro Dias admite que o problema é real, mas transfere a culpa para o outro lado da Esplanada. “Realmente há um prejuízo quando há uma antecipação do processo. E já está havendo uma antecipação nos estados. Muito por culpa do presidente Lula, que antecipou a campanha da sua candidata à Presidência”, acusa o senador tucano.

A relação dos senadores que cogitam disputar o governo estadual inclui cinco ex-governadores e dois parlamentares que tentaram, sem sucesso, trocar o Senado pelo Executivo em 2006. Além de Alvaro Dias, Fernando Collor (PTB-AL), Marconi Perillo (PSDB-GO), Jayme Campos (DEM-MT) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) também já comandaram seus estados.

Osmar Dias (PDT-PR) e Fátima Cleide (PT-RO) foram derrotados na última disputa estadual para o governo de seus estados.

Está ai a razão do Congresso em foco ser um dos tchuchucas do Nicolae.
Já imaginaram ano que vem darmos uma cipoada neste bando de filhos das outras, afastando-os dos cofres públicos, ou seja, do nosso rico e suado dinheirinho???
Pensem nisso e mudem a maneira de alguns amigos votarem, fazendo-os recusar o santinho do primo do amigo do conhecido da tia da piranha ou do pinto que os anda acalmando da barriga para baixo.
Também estão dentro os felizes presenteados com dentaduras, rebinbocas da parafuseta, linguiçadas, passagens terrestre com destino a São Paulo e Rio de Janeiro para rever aquele parente que um dia deixou o cariri no ultimo pau de arara que hoje já não se lembram do brejo da cruz, e gaúchos que também um dia abandonaram o Rio Grande do Sul para colonizarem o Mato Grosso, Amazonas, Pará, Roraima e todas as terras onde possam colocar que possam povoar com belos par de chifres, não o deles e sim das suas vacas e touros, porque gaucho sem criação de gado, não é gaucho.

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