terça-feira, 13 de outubro de 2009

Idiotas a serviço da coletividade

Prezado soldado,

Em primeiro lugar quero que você saiba que fica muito bonito nesta farda da Polícia Militar. Todo policial deveria envergá-la como você, com pose e estilo. Mas o motivo desta missiva é outro. Fiquei preocupada com seu estado emocional. Para usar a farda da PM, você tem que ter sabedoria, paciência, conhecimento e até humildade, porque não? Isso não quer dizer que diante de um bandido você tenha que amolecer, longe disso. Para os bandidos, todo o rigor da lei e a força da corporação.

Minha preocupação é no sentido do tratamento que deve ser dispensado aos cidadãos de bem, aqueles que não oferecem perigo, pagam seus impostos, respeitam a lei e até atravessam a rua na faixa de segurança. Gente que precisa e que admira a polícia. Que torce por ela e que conta com ela nos momentos de dificuldade.

Talvez você nem se lembre mais de mim, pois vê e fala com tanta gente no seu dia a dia, que a memória pode lhe trair. Mas eu me lembro bem de você. Estávamos trabalhando numa mesma ocorrência. Você como policial e eu como jornalista. Era uma sexta-feira à tarde, tinha sol e tudo o que a gente queria era poder ir para casa, esperar o fim de semana. Mas estávamos ali, ombro a ombro, ganhando o pão nosso de cada dia.

Eta pãozinho difícil, não é mesmo? A gente dá um duro danado para no fim do mês conseguir, pelo menos, deixar as contas em dia. E mesmo assim, tem pessoas que não reconhecem o sacrifício.

Aquele dia eu lhe fiz uma pergunta sobre a ocorrência e você não gostou. Partiu para a ignorância, esperneou, gritou e até ameaçou me prender. Vê se pode uma coisa destas! Invocou alguns artigos do Código Penal e por muito pouco não colocou algemas em minhas mãos que apenas seguravam uma máquina fotográfica. Quem me salvou foi um sargento, de outra unidade, que estava ali, trabalhando como nós. Diante da patente mais alta você até que afinou.

Mas foi uma cena ridícula e totalmente dispensável. O povão que estava em volta é que se divertiu com o "circo".

Sei que depois você até se desculpou. Acho que sentiu que pegou pesado. Eu relevei. Afinal, tem dias que a gente está "pra poucos amigos", não é mesmo? Porém fica um pedido: guarde sua brabeza para quem merece e trate bem aqueles que te respeitam, assim sua carreira será coroada de glórias.

Boa sorte!

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Mais uma vez sou obrigado a reproduzir uma matéria da bam, bam, bam, Mara, coordenadora de equipe e editora do Jornal Tribuna do Paraná, aqui de Curitiba, não com intenção de encher tripa e sim como preâmbulo de um comentário concernente as corporações Policiais Militares deste nosso vasto Brasil Varonil.

Há muitos anos, ou melhor, décadas, assistimos a verdadeiras demonstrações de abuso de “otoridade” por parte de elementos fardados que vão de récos a oficiais graduados os quais pensam que por estarem fardados e armados tudo podem, inclusive e principalmente passar por cima das leis, as quais são pagos para fazer cumprir, da mesma forma que nós, cidadãos comuns.

Não faço a mínima idéia de quando os valores concernentes a verdadeira missão de proteger o povo de seus iguais, os quais um dia saíram do Brejo da Cruz para trilhar o caminho da criminalidade foram substituídos por asperezas, maus tratos e até agressões que na maioria das vezes ocorrerem por estar o contingente policial em maior numero, armados até os dentes e com a máxima vontade de chegar a extremos achando que isso é demonstração de macheza ou coisa que erradamente o valha.

O caso relatado pela jornalista Mara é mais um dos inúmeros que acontecem diariamente em todo o Brasil e que só são noticiados por terem ocorrido com pessoas de destaque, ficando centenas ou até milhares no ostracismo por serem as vitimas pessoas comuns como aquele grupo que estava em um veiculo que foi abordado por um grupo de P.Ms, levando o maior sapeca, para depois, quando se afastavam serem atingidos por disparos feitos pelo ex policial apelidado de Rambo o qual pegou 46 anos de xilindróia por ter causado a morte de um inocente.

Teve também aqueles que pararam um veiculo suspeito de pertencer a marginais e sem a mínima idéia do que é uma abordagem policial, metralharam o carro matando um ferocíssimo marginal de 3 anos de nome João Roberto Amaral Soares, que viajava no banco de trás do carro de sua mãe a advogada Alessandra Soares, que tentou identificar os ocupantes do seu veiculo, ou seja, seus filhos, atirando uma sacola de bebe, recebendo mais de 15 tiros em troca, dois dos quais levaram para sempre o seu querido e precioso filho.

Na semana passada um grupo de policiais de Santa Catarina entrou sem mandato de busca em um apartamento, arrombando a porta para em seguida bater em um grupo de rapazes os ameaçando de morte e mandando que um deles limpasse o rosto de um dos agredidos para desbaratar a camaçada de pau que haviam dado nos garotos.
O pior de tudo foi um cretino que serviu de porta voz dos machões, que declarou para a reportagem que os rapazes armaram uma gravação só para prejudicar os policiais, quer dizer, tinham que levar pau e não gravar absolutamente nada.
E pensar que o dinheiro dos nossos impostos serve entre outras coisas para pagar o salário e demais benefícios a imbecis com este merda que nem sequer uma desculpa menos esfarrapada consegue concatenar.

Eu poderia ficar aqui escrevendo até o século que vem e não esgotaria o assunto, porque em termos de cagadas, a policia militares de todos os estados são Hour Concurs em selvageria e ignorância.
Acham que estou exagerando, vejam mais um exemplo.




Enquanto cretinos como estes continuarem existindo, não me cansarei de chamar a nossa Gloriosa Polícia Federal de Gloriosa, porque não se vê nos noticiários policiais de todo o Brasil noticias que os meninos agrediram, seviciaram ou mataram pessoas de forma acidental quando perseguiam marginais, e isso só ocorre porque são muito bem treinados e não possui uma sanha assassina igual aos policiais militares e até a Scotland Yard considerada a melhor polícia do mundo, lá pelas negas deles.

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