segunda-feira, 21 de abril de 2008

O barato da Net.
Talvez a maior coisa que existe na Internet seja a facilidade que temos para descobrir o que quer que seja com uma velocidade espantosa. A um ano tentei descobrir o autor de um poema que reproduzi quando tinha oito anos para um concurso de poesias que teve no meu colégio, patrocinado pela falescente Loja HM, de onde anos mais tarde fui funcionário. Se bem me lembro, tinha horror a poesia porque meu pai me obrigava a decorar algumas, só para quando ele estivesse de caco cheio e na presença dos seus amigos me obrigar a declama-los. Então imaginem com que disposição tive que ir a biblioteca pública consultar livros de poesia para apresentar o trabalho na escola. Mesmo assim, e nem faço idéia do porque, fiquei até hoje com esta poesia na cabeça, já tendo inclusive a publicado no blog, sem citar o autor, e isso expliquei, por não me lembrar do seu nome. Na época, nem a Net conseguiu me ajudar pois tentei encontrar algo sobre ele me utilizando dos mais variados títulos, não encontrando absolutamente nada. É claro que a primeira palavra pesquisada foi, Envelhecer, seguida depois pelo inicio da poesia que era, entra pela velhice com cuidado, pé ante pé sem provocar rumores. Neca de nica de pitibiriba. Cheguei até a escrever e-mail para sites de poesia buscando uma luz com relação ao autor, e nada, nenhuma resposta recebi.
Hoje procurando o que fazer, resolvi procurar novamente e qual foi a minha surpresa quando me4 deparei com um a infinidade de links que apontavam para os versos do poema Envelhecer, que agora sei que foi escrito por .
A única coisa que não bateu foi algumas modificações feitas no corpo do texto, trocando algumas frases e expressões que não mais costumamos nos utilizar. Acho isso um verdadeiro crime, pois mudando uma palavra em cada nova versão acabaremos por desvirtuar o que o espírito do autor naquela época se esmerou em criar. Mas pelo menos ele e seus versos foram novamente revividos fazendo-se presente no nosso meio através de nossas lembranças.

Envelhecer
Entra na velhice com cuidado
Pé ante Pé, sem provocar rumores
Que te tragam lembranças do passado,
sonhos de glória, ilusões de amores.
Do que tiveres no pomar plantado
Colhe os frutos, mas planta ainda o teu eirado
Que outros virão colher quando te fores.
Não te seja a velhice enfermidade,
Mantem firme as tibiezas da vontade
Que o tempo passe
Que o teu ardor não mude
Mantém-te jovem, pouco importa a idade
Pois tem cada idade a sua juventude.

Autor Manuel Bastos Tigre.
12/03/1882 01.08/1957.

Responsável pelo primeiro premio que ganhei, escrevendo.

Querem outra?

Embora você não conquiste as coisas que mais quer, deseja e ama
Não se afaste delas com rancor ou sequer ironia.
Continue a amá-las assim mesmo, e se ainda não as conquistar,
coloque a saudade no lugar da esperança, e verás que esta é também uma linda e suave maneira de se amar.
Edna Maria de Melo
De Salvador e BH, em 1973.

Que tal uma do nosso poeta maior?

O CUME.

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
As rosas no cume cheiram.
Quando vem a chuva fina
Salpicos no cume caem
Lagartos no cume entram
Sapos do cume saem.
Quando chega a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.
Quando a chuva por fim cessa
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia!

Carlos Drummond de Andrade
1902 1987

Igreja norte-americana precisa se purificar, diz Bento 16.
PelamordeDeus, eu não poderia deixar de dar este pitaco.
Faz o seguinte Santidade, enfia aquele defumador da missa, acesso, com bastante carbureto, no rabo dos padrecos da terra do bucha e depois costura. Olha vão ficar com a cara do cão mascando bombrill acesso com recheio de pimenta baiana. Palavra de honra.

Cuidado
Se você descobrir que foi traído pela dona patroa, não invente de se jogar de bico pela janela do teu apartamento.

Lembre-se, você ganhou um par de chifres, não de asas.

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