sábado, 5 de abril de 2008

Coisa pavorosa

Ajudem um idiota

Sou um cara com algum conhecimento em resolução de problemas do dia a dia ocorridos em operadoras de saúde, já tendo inclusive por conta e risco afastado mais de vinte funcionários de uma terceirizada que trabalhava dentro da refinaria da Petrobrás, na cidade de Araucária, na Região metropolitana de Curitiba, por suspeita de hepatite em um dos funcionários.
Soube disso através do nosso médico que o consultou e depois de colherem amostras para exames me dirigi a empresa que era nossa cliente para avisar a sua direção que iria retirar todos os seus funcionários que estavam desde as primeiras horas da manhã trabalhando dentro da Petrobrás e após fazer isso reuni os vinte e poucos funcionários no barracão da própria empresa deslocando para lá um médico e uma funcionária que pedi emprestada para o laboratório que nos prestava serviços para que ela colhesse o material de todos para também descobrirmos se estavam ou não contaminados pela hepatite. Horas mais tarde quando os reagentes que foram aplicados nas amostras coletadas demonstraram que felizmente não era hepatite, o médico liberou a todos, incluindo ele, a responsável pela coleta, eu, os funcionários da empresa assim como os seus diretores que quase melaram as calças com medo de ter o contrato com a Petrobrás rescindido. Já a turma da Petrobrás no final do episódio quando devolvemos a turma da terceirizada aos seus postos, nos deram os parabéns por termos agido de forma rápida e direta sem perder tempo com pedidos de autorização, evitando uma contaminação de grandes proporções que certamente ocorreria caso os funcionários da terceirizada estivessem realmente contaminados e misturados aos milhares de funcionários da Petrobrás daquela unidade. Não foi a primeira vez que fiquei de quarentena, já necessitei por diversas vezes criar uma área de isolamento para mim mesmo, por levar de madrugada coleta de licor espinhal para o laboratório de plantão por suspeita de meningite em algumas crianças, tendo que mais tarde recorrer a táxi para levar e buscar minha filha no colégio, pois passei a noite no isolamento improvisado dentro do meu carro, nos fundos de um hospital ao lado da porta do necrotério. Foi a “melhor” noite da minha vida.
Levando apenas isso em consideração, porque se fosse relatar outras experiência daria para escrever um livro, gostaria que alguém me respondesse uma só pergunta que esta minha parca experiência não me permitiu entender.
Em Cuba, existe Dengue para que os pediatras que forem chamados saibam como agir diante do quadro apresentado pelas crianças no Rio de Janeiro?
Se a resposta for não, o que o Governador do Rio quer com pediatras Cubanos?
Cada um que parece dois nesta nossa política tupiniquim...

Pergunta umbigo, ou ambígua?
Certa vez por não ter nenhum vendedor na casa, tive que pessoalmente atender a uma família que queria adquirir um plano de saúde. Foi na época que surgiram as novas regras através da ANS, necessitando cada novo cliente preencher uma ficha de antecedentes médicos por conta das doenças pré existentes. Antes de formalizar a proposta, tive que orientar uma senhora que estava adquirindo o plano para a sua família e quando chegamos no quesito de distúrbios mentais a pergunta era a seguinte:
Tem ou teve problemas de depressão?
Tenho, respondeu a mulher com convicção e sinceridade, eu tenho pobrema de pressão alta. As veis, memo tomando remédio parece que vou exprodir.
Imaginem quanto me custou continuar com a entrevista de maneira séria, principalmente depois que a mandei assinalar a opção Não, e ela se recusou dizendo que era crente e que, portanto estava impedida de mentir. Pedi licença, me retirei para a minha sala para em seguida quando consegui conter o ataque de riso, pedir a uma das recepcionistas para fosse até a sala e concluísse a venda, alegando que eu estava ajudando o ambulatório a conseguir uma vaga hospitalar para uma idosa que estava passando mau. Eu e a minha recepcionista podíamos mentir porque não éramos crentes.
Quanto a cliente, meses depois teve o seu contrato cancelado por estar emprestando as carteirinhas dos filhos para os membros da comunidade da sua igreja que tinham a mesma idade dos seus meninos. Crente não mente...

O crente que morreu e foi para o céu.
Serramalte Cuzido, botequeiro de profissão morreu e depois de dez anos no céu sem fazer absolutamente nada resolveu pedir a São Pedro que o deixasse inventar algo para passar o tempo até a chegada do juízo final. Autorizado, montou um pequeno boteco e desandou a vender cerveja a três por quatro. No final do mês contabilizou a venda de quatrocentos engradados de cerveja, o que fez com que crescesse o olho em busca de uma expansão para o seu rentável negócio, se dirigindo ao inferno para negociar com o capeta a abertura de uma filial.
Pode vir, mas te aviso, aqui você não irá se dar bem, disse o que ronca e fuça.
Pensando que o chifrudo estava querendo lhe convencer a não ir para depois ele mesmo montar o boteco, responde-lhe que mesmo assim gostaria de tentar. O outro deu de ombros e o autorizou e levando em consideração que no céu que era bastante fresco ele havia vendido trocentas caixas, imaginem literalmente naquele calor infernal quanto iria vender.
Passados trinta dias não necessitou nem fazer a contabilidade pois sabia que não havia conseguido vender nem uma misera latinha de cerveja. Achando que foi boicotado foi se queixar com o Di Din.
Escuta aqui o chifrudo, porque que lá no céu em trinta dias eu consegui vender quatrocentos engradados de cerveja e aqui nesta bosta de inferno não vendi nem uma latinha.
Não te disse que ia se estrepar, seu burro, respondeu-lhe o dono do inferno, você não sabia que crente não bebe?

Marisa Serrano pode encerrar a CPI.
Ela tem na pauta 34 requerimentos de convocação para depoimento, mas como a atual base do governo nesta CPI é quem realmente manda prender ou manda soltar, a Dona Marisa se encontrava num mato sem cachorro, até que o Senado resolveu lhe dar uma mão convocando a dona Dilma, através da Comissão de Serviços de Infra Estrutura do Senado para ela dar explicações sobre o PAC, aproveitando na base do miguelão para pedir-lhe explicações sobre o malfadado dossiê FHC. Estou cansado de dizer que malandro é o gato que já nasce de bigode, os jucás que compõem a base do governo se descuidaram e sifú, vão ter que levar a mãe do rebento “pac”, para dar as devidas explicações. Por esta eles não esperavam, a ponto do Juca do Jucá, que é do PMDB de Rondônia ameaçar recorrer ao Santo Antonio de Cueca para não correrem o risco da oposição a fazer cantar mais que cotovia antes do acasalamento.
Quem deve estar satisfeitíssima é a Dona Marisa, a esposa do Sr. Serrano, que finalmente pode devolver pelo menos as patinhas do sapo que a estavam obrigando a engolir.

Vou ser bastante sincero.
Até agora estaria propenso a acreditar que o pai e a madrastra da Isabela não tiveram absolutamente nada a ver com o bárbaro crime, mas depois de ouvir o chupeta do advogado de defesa criar aquela tese do para, pai, socorro, fiquei com pelo menos umas dez pulgas atrás da orelha. Ele se empolgou e quis demonstrar na hora e no local errado, que era o melhor advogado do mundo, como aquele da piada cujo cliente só lhe contaria o que havia feito se ele se declarasse seu advogado. Está bem, disse ao cliente, a partir de agora sou teu advogado, então me diga o que você fez.
Doutor, eu matei a minha esposa.
Alto lá gritou-lhe o advogado enquanto levantava o braço para ser mais enfático:
Dizem que você a matou, dizem...
Posso estar errado, mas para mim caras pálidas, foi a mesma coisa.

Coisa pavorosa.
Quem já assistiu o CSI do Grisson ou do xupeta do Orathio pode muito bem ver a diferença entre uma equipe de criminalística profissional, de outra que mais parecia um espetáculo circense com uma Cicerone apresentando o Globo da Morte. A única coisa mais pavorosa que isso foi a morte da menina Isabela. Façam o favor...

Parecido não, igual.
O Rio como diria o Odorico Paraguaçu, prefeito de Sucupira, está tarquarmente igual ao inferno brasileiro. Um dia falta lata, outro dia falta merda, enquanto o mosquito se prolifera que é uma maravilha. A muitos anos se os políticos entendessem um pouco de música poderiam prever o que ocorreria agora através da canção do inesquecível maestro Jobim, magistralmente cantada pela maior cantora brasileira de todos os tempos, a nossa inesquecível pimentinha Elis Regina. A estrofe que permitiria livrar uma boa parte desta epidemia é a seguinte.
São as águas de março fechando o verão e a promessa da picada do dengoso no nosso buzanfão
Se a música na é assim, poderia ter sido.

Neste angu tem caroço!
Após surto de dengue na Globo, conjuntivite ataca SBT.
O Patrão e os Marinhos acham que tem o dedo saravazento da macumbaria contratado pela concorrência que é especialista no trato com esta gente. Como dizia o Pero Vaz de Caminha, é possível Cabral, é possível!!!

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