sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dr. Otávio Valeixo, um desembargador pra lá de porreta

Polícia moderna atua em conjunto
Por Luiz de Carvalho da Tribuna do Paraná 

É de Mandaguaçu, cidade da região metropolitana de Maringá, o primeiro superintendente da Polícia Federal (PF), no Estado, genuinamente paranaense. O delegado Maurício Leite Valeixo é filho do desembargador Otávio Valeixo, já falecido, que foi juiz na região de Maringá na década de sessenta e foi quem instalou a Comarca de Mandaguaçu.

Aos 43 anos, dois como superintendente, Valeixo chegou ao cargo por consenso entre os membros do Conselho Superior de Polícia, trazendo na bagagem a experiência de 14 anos na PF e muitos outros anos como delegado da Polícia Civil e integrante do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial, o famoso Tigre, grupo de elite da corporação.

Pelas instruções que recebeu de Brasília, o trabalho dele deverá se concentrar no combate ao tráfico de armas e drogas vindas do Paraguai, já que o Paraná é corredor natural do contrabando que vai suprir todo o País.

Torcedor doente do Coritiba Foot Ball Club, daqueles de manter uma pequena bandeira do clube sobre a mesa da Superintendência, Valeixo trabalha na criação de uma estrutura que garanta um trabalho mais efetivo e diz estar colhendo resultados positivos à frente de mais de 600 homens e mulheres da PF, no Paraná, sobretudo no combate à entrada de drogas no País.

Na quinta-feira, o superintendente esteve em Maringá para acompanhar a incineração de drogas e falou a O Diário.

"A Polícia Federal do Paraná tem uma atuação muito forte no combate a esse tipo de crime [pedofilia]. Temos feito operações internacionais e prisões tanto dentro quanto fora do País''.

"Além de criar uma estrutura de trabalho, estão em andamento acordos


Maurício Leite Valeixo
Bilaterais, de parcerias com os países vizinhos. “No Paraguai, fizemos operações conjuntas para o combate ao plantio de maconha”.
O Diário - A Polícia Federal do Paraná é muito elogiada. Ao que se deve isso?

Maurício Leite Valeixo - Deve-se aos resultados bastante positivos que temos no combate à entrada de entorpecentes e ao contrabando e descaminho. Hoje, mais da metade de toda a maconha apreendida no Brasil é apreendida no Paraná.


O Diário - Como se chega a números tão positivos?

Maurício Leite Valeixo - A PF do Paraná não trabalha sozinha. Aqui temos uma integração muito grande com as polícias Civil, Militar e Rodoviária. Trabalhamos em conjunto também com a Força Nacional, a Força Samurai da PM. Somos um dos poucos Estados da Federação em que há essa integração, com ações conjuntas e troca de informações.


O Diário - Essa integração sempre aconteceu?

Maurício Leite Valeixo - No Paraná, sim, mas tem se intensificado nos últimos anos. É inconcebível pensar em segurança pública de maneira isolada. Aquele modelo que colocava a PM de um lado, a Civil de outro e a Federal também atuando sozinha está ultrapassado. Mas é importante que se diga que não são só as polícias que participam dessa integração. Os órgãos de fiscalização e auditoria, como a Receita Federal, têm uma importância muito grande nesse esquema. E tem trabalhos na área de inteligência que não aparecem ao público, principalmente as trocas de informações.


O Diário - Quais as diretrizes de Brasília para a PF do Paraná?

Maurício Leite Valeixo - Como a nossa fronteira é problemática, por causa da entrada de drogas, a nossa prioridade é ter um foco maior para as unidades de fronteira.


O Diário - De que forma isso acontece?

Maurício Leite Valeixo - Estamos em processo de investimento em instalações, sistemas de inteligência, equipamentos. Destaco a construção da delegacia em Guaíra, que está bem adiantada, é a maior obra da cidade, que vai melhorar muito a qualidade do trabalho da PF. Há pouco mais de um ano, a cidade foi palco de uma chacina, em que mais de uma dezena de pessoas foram assassinadas por causa do envolvimento com o tráfico. Hoje, além de criar uma estrutura de trabalho, estão em andamento acordos bilaterais de parcerias com os países limítrofes. No Paraguai, por exemplo, já foram feitas diversas operações conjuntas para combater o plantio de maconha.


O Diário - A delegacia de Guaíra terá boa estrutura?

Maurício Leite Valeixo - Vamos ter, em caráter permanente, sessenta policiais, que usarão uniforme especial de selva. Eles vão atuar principalmente nas áreas de mata e margens de rios, por onde geralmente o contrabando entra no Brasil. Em alguns períodos, poderemos ter mais de cem policiais da Companhia de Polícia de Choque. Também teremos equipamentos de alto nível, como helicóptero, barcos, caminhonetes e armamento.


O Diário - Há algum tempo o senhor falou sobre o uso de aeronave não tripulada na região de fronteira.

Maurício Leite Valeixo - Será a Vant, uma aeronave não tripulada de fabricação israelense comprada pela Polícia Federal. Essa será a primeira vez no mundo que esse tipo de equipamento será usado no combate ao tráfico.


O Diário - Mas, mesmo com esse trabalho, a droga continua chegando em grande quantidade ao Paraná. O que mais pode ser feito?

Maurício Leite Valeixo - Estamos reforçando a área de inteligência, que alimenta um sistema que possibilita as apreensões e prisões. Trabalhamos em maior entrosamento entre policiais brasileiros e paraguaios.


O Diário - Nem sempre as drogas entram no País prontas para o uso, e sim como produtos químicos que serão manipulados para produzir drogas.

Maurício Leite Valeixo - Ontem mesmo (quarta-feira) desbaratamos uma organização que se valia de empresas de fachada para comprar produtos químicos usados no preparo de cocaína. Ela atuava no Paraná e em Santa Catarina.


O Diário - A ação da PF nesses casos é muito diferente?

Maurício Leite Valeixo - Esses são os chamados precursores químicos, produtos que serão usados na produção de diferentes tipos de drogas. Fazemos o controle das empresas que compram produtos químicos para diferentes fins e o serviço de inteligência tenta identificar quais delas destinam os produtos para o crime, além de identificar os métodos e as rotas utilizadas pelos traficantes para levar esses produtos. Geralmente essas organizações criminosas suprem os grupos que preparam as drogas. No Brasil, boa parte dos precursores é destinada ao preparo de cocaína.


O Diário - Além do combate à entrada de drogas, o que mais pode ser considerado prioridade para a Superintendência do Paraná?

Maurício Leite Valeixo - Todos os tipos de contrabando. Desenvolvemos um trabalho forte para impedir a entrada de armas. Essas armas geralmente não são para o comércio no Paraná e sim para armar grupos de outros Estados, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo. Temos tido bons resultados também contra a entrada de outros produtos, como os cigarros, por exemplo. Quase diariamente são apreendidas milhares de caixas de cigarros contrabandeados, um trabalho que tem a participação das Polícias Rodoviárias e a PM, além da Receita Federal.


O Diário - A PF tem atuado também na área dos crimes ambientais?

Maurício Leite Valeixo - Essa é uma área em que tínhamos uma atuação pequena até uns dois ou três anos atrás, mas intensificamos o combate a esse tipo de crime. Nos últimos dois anos, por exemplo, realizamos mais de setenta prisões de pessoas que cometeram crimes ambientais.


O Diário - Um dos mais rumorosos casos de crime de pedofilia teve ramificações no Paraná.

Maurício Leite Valeixo - Sim, e estamos tendo uma atuação muito forte no combate a esse tipo de crime. Temos feito operações internacionais e prisões fora do País. Esse caso que você citou, por exemplo, tinha uma ponta muito importante no Paraná e gerou prisões no exterior. O combate à pedofilia é prioridade dos órgãos de segurança no mundo inteiro e a polícia brasileira tem mostrado muita eficiência no combate a esses crimes hediondos.


Pitaco da Viúva

Não conheço o Doutor Maurício Leite Valeixo, mas se tiver pelo menos 5% do espírito e senso de justiça do seu falecido pai a quem tive a honra de conhecer, em poucos anos, em algum momento  a Polícia Federal não necessitará   quebrar a cabeça para escolher o substituto daquele que estiver a sua frente e tenha que ser substituído, se Deus Quiser e há de querer, por aposentadoria e não por pressão de políticos corruptos que ao ver suas maracutaias descobertas pelos valorosos rapazes da melhor polícia do mundo buscam na base da truculência da ponta de uma caneta
Afastar de si ou de seus cupinchas a parte amarga do   cálice da justiça.

Tenho certeza que este dia chegará e quando isso ocorrer, o Dr. Otávio o estará protegendo da mesma forma que protegeu um significativo numero de pessoas, muito menos do que ele queria, segundo ele  pela fragilidade do sistema de justiça criminal embutido no Código Penal Brasileiro que permite que monstros drogados, alcoolizados e não raro portadores de carteira de legisladores estaduais, municipais e federal. se transformem em ceifadores de vidas.
Vou lhe contar um segredo, Dr. Mauricio, se o seu pai estivesse vivo não nem todos os passaportes do mundo conseguiriam livrar a cara de uns e outros que ao sentir o seu cafezal se foder, adotará a máxima do perdido por perdido, TRUCO!!!    

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