sábado, 14 de agosto de 2010

Lula e o Carlão


Cansado da agitação da vida púbrica, tentando descansar até 2014 quando tentará novamente resgatar a nau capitânia das mãos da comandante Chuca, se deixarmos, Luiz Ignácio Ignorantácio larga o emprego, 
No Pranauto Centrau “é assim que ele escreve”, compra de um tar de Xavéco um pedaço de terra no Amazonas e de mala e cuia, sem Mariza, se muda para lá.

Ele vê o carteiro uma vez por semana e
 
vai à mercearia uma vez por mês.

No mais, é paz e tranqüilidade, caipirinha e tudo alegria.

Seis meses depois, em dezembro, alguém bate na porta.

Luiz abre e vê um enorme homem negro
barbudo de 1,90, mal encarado, com um
facão na mão e um 3-oitão na cinta
que lhe diz:

-
 Meu nome é Carlão, seu vizinho, 7 léguas daqui. 
Festa de Natal lá em casa, sexta-feira. 
Começa às cinco.

Luiz se entusiasma:
- Ótimo, cumpanheiro... depois de seis meses por aqui, na solidão, nada melhor que isso.

Muito obrigado, vou sim.

Carlão começa a ir embora, pára e diz:

- Seguinte: vai rolar bebida.

- MAJINA SE NÃO TÓPO!!!

Novamente Carlão começa a ir embora,
Mas de novo para  e diz:

- Olha, também pode ter briga.

- Pobrema nenhum cumpanhero, eu me dou bem nesses lugares, treinei mutio no ABC Paulista anres do vidão que acabo de perder.

Mais uma vez obrigado.

Carlão continua:

- Ah..... e também pode ter sexo meio selvagem...

Ignorantácio, cada vez mais empolgado, retruca:

- Também não é empecilho algum, seis meses só na base do cinco contra quatro, tô em ponto de bala, mais um motivo para eu ir.

- E , aproveitando, me diz uma coisa cumpanheiro:

qual é o traje?

Carlão:

- Cê que sabe.

É só nós dois...


Por essas e por outras, muito mais por outras é que no primeiro turno vou de

Marina

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