sábado, 2 de maio de 2009

sabado

A Cezar o que é de Cezar, mas só o que for do bicho...

Senadores que também usaram a cota de passagens aéreas para viajar ao exterior estão escolhendo uma série de desculpas, parecendo um campeonato mundial dia para se conhecer o campeão pela mais esfarrapada, tentando convencer aos eleitores que não são farinha do mesmo saco da deputaiada nacional.
Foram até agora descobertas pelo sensacional Congresso em Foco, 19 vôos com destino a Argentina e Uruguai da cota de quatro senadores os quais repassaram a parentes e desconhecidos que não fazem parte da assessoria dos mesmos.


Os paranaenses Álvaro Dias e seu irmão, o também senador Osmar Dias, Geraldo Mesquita do Acre, e Paulo Paim, do famigerado PT do querido RS, são alguns clientes preferenciais da Turispicaretur do nosso congresso, achando que somos todos idiotas em acreditar em suas babaquices verborrágicas.
Como não poderia deixar de ser, os quatro apresentaram razões que a própria razão desconhece, afirmando que agiram dentro da mais absoluta legalidade, independente se os premiados fossem parentes ou conhecidos, nunca se referindo ao termo amigo, porque segundo a sabedoria popular, quem tem amigo é mulher de zona, mesmo que a situação em si tenha se tornado uma.
Outro ponto em que compactuam é sobre a devolução do dinheiro das passagens. Se alguém falar em devolução, eles negam, armam um gritedo e rolam no chão.

Mesquita afirmou que abandonou a prática de viajar com a mulher desde que foi pego com a boca na botija, quer dizer, não com estas palavras e sim usando o eufemismo, “desde que o Senado mudou as regras de uso da cota de passagens de avião”


Álvaro Dias que “financiou” uma passagem de ida e volta para o filho para Montevidéu e mais três para Buenos Aires, para pessoas a serviço do Pequeno Cotolengo, instituição assistencial que todo o primeiro domingo mês promove um churrasco com risoto e maionese de lamber os beiços e que nos demais dias, mesmo sem a ajuda de nenhum Dias, presta ajuda a crianças com deficiências múltiplas.

Segundo Álvaro Dias, houve uma compensação de despesas. Ele diz que teve que resolver o problema do filho da mesma maneira que, em alguns finais de semana, teve que usar seu cartão de crédito pessoal para custear suas viagens, dias em que seu gabinete estava fechando e não podia emitir bilhetes por meio de sua cota.

“Não vejo a necessidade de ressarcir o valor, pois não há nenhuma irregularidade. E, se eu ressarcir, vou estar assumindo que houve uma irregularidade. Caso a Mesa decida em contrário, eu devolverei”, avalia Álvaro Dias sobre a passagem paga para o seu filho.

As outras três passagens destinadas a Alessandra Kussen, Magali da Silva e Alciléia Freitas do Pequeno Cotolengo, seria para participarem de um evento internacional de entidades similares a que pertencem, em Bueno Aires.

Disse o Senador, “Estive na instituição e fiquei emocionado com o trabalho. Com o trabalho da entidade e com a situação de penúria das crianças”, “Em um outro momento, quando houve convocação extraordinária, fui lá e entreguei um cheque de cerca de R$ 12 mil”, justifica Álvaro Dias.
Bonita atitude do nosso senador, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Para que o meu ponto de vista seja mais explicito, na minha opinião e a de quase todos os brasileiros, o fiofó não tem nada a ver com as calças.

Um Uruguaio de nome Washington Bonilla, entre outros, alguns impróprios para menores de 45 anos, que poderia também ser chamado de Gardelon o mui amigo, ou até mesmo mochila, por gostar de viajar nas costas dos outros, foi de Porto Alegre a Montevidéu em duas ocasiões, se utilizando da franquia do amigo do Genu, o senador Paulo Paim, que deu a desculpa que o mucha, “apelido de mochila”, vive a mais de 20 anos no Brasil, tem mais de 130 quilos, nunca nem concorreu a Rei Momo por ter dificuldade de locomoção, viajou em duas Oportunitys, devido a doença dos pais no Uruguai. O pai teve derrame na primeira viagem e por certo uma puta disenteria na outra, que motivou a atual merda em que se meteu o Paim.
“Esse é o critério, doença da família ou motivo de saúde, que sempre usei aqui para conceder passagens. Ele é um velho militante da causa”, justifica Paim.

Que causa é essa? Está certo que trambique já está constitucionalizado, mas admitir publicamente é outra pertencente ao repertório do fiofó da peçonhenta, né não Tchê?

O senador também diz que a regra vigente na época permitia a doação de passagens e que o parlamentar deveria administrar sua cota sem restrições. “Sou um dos senadores que mais economiza essa cota. Tenho um saldo de R$ 90 mil”, completa Paim.

Pelo cacete da Maria Etelvina, a coisa está descambando para escracho com os políticos fazendo o que bem querem, metendo a mão no jarro, podendo contar com a benesse do judiciário que alem de tubarões do setor bancário tem o triste costume de proteger a podridão política através do preceito, uma mão lava a outra e as duas a bunda.

Quanto ao nosso outro senador, o Osmar Dias, presenteou sua filha, Rebeca Dias e o próprio bolso com uma viagem também para Buenos Aires, não achando nada de errado com a medida adotada.

Agora, a explicação do senador Geral Mesquita Junior é de longe a maior concorrente ao troféu Óleo de Peroba do ano, após conceder a esposa 5 viagens a Montevidéu, alegando ser ela a sua principal conselheira.
“Não sinto ter me apropriado indevidamente de recursos públicos. Fui a trabalho”, disse ele.

Depois do xabu com relação às passagens aéreas, o mão de vaca passou a viajar desacompanhado da esposa se queixando que vai sentir muita falta dela, não fazendo menção sobre a possibilidade de bancar com seu próprio dinheiro as passagens e estadia para a sua esposa, melhor amiga, conselheira e quiçá, quase irmã.

Por essa e outras, mais por outras do que por essa, me sinto na obrigação de continuar batendo de frente com a escória de Brasília, que não consegue estabelecer a diferença entre regras permitidas e atitudes viciosas, imorais, rapineiras e atentatórias ao dinheiro público do qual eles deveriam ser os grandes guardiões.
Para não passar a impressão que estou querendo me posar de cavaleiro justiceiro, passo abaixo o vídeo de um cara que está tão indignado como nós todos.
Felizmente ainda não estamos sozinhos nesse fedorento universo da política nacional.

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