O PESO DE UMA DENUNCIA
Não é fácil estar sendo acusado por algo que nunca fez, ou que não é, verdade, principalmente quando temos que providenciar o ônus da prova, estando absolutamente sem ter com quem contar, isso de forma confiável através de fatos e pessoas de moral e ética relevantes.
Desde a primeira acusação feita ao Senhor Renan Calheiros, ele não apresentou um único fato que pudesse corroborar ser ele uma pessoa honesta, de reputação ilibada e merecedor do cargo de presidente do Senado Brasileiro.
Quando se esperava que vozes fossem se levantar para socorrê-lo, aparecem indivíduos com processos até por dentro do brioco, deixando uma idéia triste de rotos tentando vestir um esfarrapado. E não foram nem um nem dois, e sim a grande maioria, incluindo alguém que foi elevado ao cargo de presidente do conselho de ética deste mesmo senado, mesmo estando sendo processado por outras questões paralelas.
Muito se foi dito, muito se bradou, muito mais ainda se vociferou, tentando modificar na base do grito e ameaças o veredicto de um processo que desde o início já se descortinava como perdido por parte do eminente presidente do Senado, porque com o passar dos dias outras denúncias foram se somando a inicial do uso de um lobista.
Talvez o cargo de presidente do congresso possa ter feito o senhor Calheiros imaginar que o seu caminhão possuía uma carroceria grande o suficiente para carregar tudo o que fez produzir.
Ledo engano, era muita caca para um pequeno caminhãozinho.
A renuncia poderia ter vindo infinitamente antes, se tivesse existido por parte do ex-presidente, claridade, humildade e inteligência para reconhecer que esta era uma batalha com o mínimo de possibilidade de ser vencida. Não que a fortaleza dos seus “inimigos” fossem inexpugnáveis, mas porque foi ele, Renan Calheiros que durante todo este tempo os municiou com as armas confeccionadas por seus erros que culminariam com a sua cassação.
Isso é o que poderíamos esperar se o Senado, mesmo torcendo deslavadamente pela absolvição do seu ex-presidente, fosse composto na sua maioria por homens e mulheres com hombridade, vergonha na cara e honestidade e principalmente, senso de dever para fazerem o que deles as pessoas que os elegeram gostariam que fizessem, como alguns que lutaram até o ultimo segundo para que a justiça tivesse sido feita.
Mas ao invés disso deixaram a falta de vergonha, a mesma estampada na cara de todos os membros da tropa de choque que só faltaram dançar no plenário após anunciada a absolvição do chefe, assumir seus semblantes como se tivessem cumprido fielmente com o dever de proteger a ilegalidade e as safadezas mostradas desde o início deste tortuoso processo.
Se no embolo disso tudo tivéssemos conseguido salvar os dedos, já seria um pequeno consolo, mas junto com eles foram-se os anéis, as mãos, os braços e principalmente a alma de todos aqueles que esperavam que isso fosse o início da virada do país dos macaquitos para uma grande nação.
Ledo engano, continuamos sendo os mesmos macaquitos de antes, dirigidos por autoridades que põem dois pesos e duas medidas para tudo o que ocorre nos dois mundos, o da nação de pessoas físicas e a classe dos políticos. Eles tudo podem, enquanto que nós ficamos com o ônus do pagamento de todas as falcatruas por eles feitas.
Quanto acham quer custou e ainda custará aos cofres públicos toda esta confusão que deverá se arrastar até o próximo ano, com a certeza que a impunidade continuará a imperar?
Vai ser muito difícil de hoje em diante separarmos o joio do trigo, quando lembrarmos da cara de felicidade de Senadores como o Wellington Salgado que só faltou beijar o chefe na boca, demonstrando verdadeira idolatria.
A coisa foi tão acintosa, que a única solução será também radicalizarmos e nas próximas eleições não votarmos em nenhum dos 81 Senadores atuais, os obrigando a escutar um refrão que podemos apanhar emprestado da torcida do Corinthians.
AQUI TEM UM BANDO DE LOUCOS, LOUCOS POR TI BRASIL.
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